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Pernambuco, 28 de março de 2024

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Turismo no Brasil voltará a níveis normais somente no fim de 2021

Atividades de agências e organizadores de viagens é a categoria mais atingida, segundo o estudo

Postado em 29/04/2020 2020 16:52 , Últimas Notícias. Atualizado em 29/04/2020 16:52

Segundo estudos realizados pela  FGV projetos,  sobre o  Impacto Econômico do Covid-19, Propostas Para o Turismo Brasileiro,   o setor de Turismo no Brasil vai voltar ao nível normal de produção, entre setembro e dezembro de 2021. O estudo fez  análise contando com o início da reabertura da economia em maio deste ano; retomada gradual das viagens domésticas entre setembro e outubro; estabilização das viagens de negócios e eventos a partir de fevereiro de 2021; e a volta do Turismo internacional em junho de 2021.

As análises são do setor de hospitalidade, transportes, bares e restaurantes, agenciamento e operação de viagens, aluguel de imóveis, atividades recreativas, entre outros itens.

“Consideramos o período de interrupção de atividades de três meses, quando terá início o reequilíbrio dos negócios (estabilização) no Brasil, que durará cerca de 12 meses, uma vez que a saúde financeira dos negócios e das famílias estará comprometida. No caso do Turismo internacional, o período de recuperação poderá chegar a 18 meses”, aponta FGV Projetos.

AGENCIAMENTO É O MAIS ATINGIDO

Atividades de agências e organizadores de viagens é a categoria mais atingida, segundo o estudo, acompanhada de perto pelos transportes rodoviário e aéreo e pela categoria “Outros transportes e serviços auxiliares dos transportes”. Os bares e restaurantes foram os menos afetados, mas ainda assim com uma queda média de quase 60% na produção.

Dado este cenário, as perdas econômicas, em comparação ao PIB do setor em 2019, totalizarão R$ 116,7 bilhões no biênio 2020-2021, uma queda de 21,5% na produção total do período. Para compensar o prejuízo, será necessário que o Turismo como um todo cresça em média 16,95% ao ano em 2022 e 2023, com PIB de, respectivamente, R$ 303 bilhões e R$ 355 bilhões.

“Esse crescimento definitivamente não é tarefa fácil”, avaliam os especialistas. “O mercado de viagens é um dos setores mais afetados pela crise, pois a política de isolamento resultante das medidas de contenção ao contágio pelo novo coronavírus afeta frontalmente a dinâmica econômica do setor, restando quase nenhuma possibilidade receita.”

MEDIDAS PARA CHEGAR LÁ

Para conseguir a estabilização e posterior recuperação,a FGV Projetos lista uma série de medidas urgentes para que o terreno esteja pronto na hora de se estabilizar e que o atual impacto não seja ainda mais significativo. Dentre as medidas relacionadas, destaque para auxílios públicos para manter o setor vivo, “principalmente ao setor aéreo, que é o coração da atividade”; reequilíbrio de contratos de concessão, crédito facilitado às micro e pequenas empresas, redirecionamento dos recursos e esforços para a promoção dos destinos domésticos e crédito ao consumidor.

Por fim, o estudo considera que “com relação aos efeitos econômicos e sociais que este período causará no futuro do Turismo em nosso País, há de considerar a existência de um grande número de variáveis de influência no cálculo: o sucesso das medidas de isolamento social, as pesquisas em relação a um tratamento efetivo, a descoberta de uma vacina, o número de vítimas, as políticas econômicas e sociais adotadas pelos governos locais para mitigar os efeitos da crise, entre outros fatores. Mesmo sendo um setor essencialmente privado, a força das políticas governamentais será fundamental para a recuperação do turismo e sua capacidade de geração de empregos e divisas”.

 

FONTE >PANROTAS / FGV

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