GeoSensori: A Startup sertaneja que foi além das fronteiras
Uso de tecnologia de ponta é diferencial para expansão dos negócios – Jornalista Luciana Leão / Editor Antônio José
Postado em 06/01/2021 2021 09:48 , Ciência e Tecnologia, Últimas Notícias. Atualizado em 11/03/2021 18:48
Sob a gestão do jovem empresário Tiago Sá, 38 anos, a GeoSensori, conseguiu, em meio à pandemia, dar um salto de qualidade em inovação no seu portfólio de conhecimento e ampliar seus serviços para um nicho em crescimento na região do Nordeste: a energia renovável.
Para atender a nova demanda, a startup incorporou pioneiramente a tecnologia LiDAR, equipamento dotado de laser que permite detectar e capturar o solo mesmo em áreas com cobertura vegetal, sem agredir ao meio ambiente.
Além das fronteiras locais
A nova tecnologia de ponta permitiu a GeoSensori a conquista de novos parceiros nacionais, inclusive empresas multinacionais, realizando projetos de energia solar e eólica em vários estados do Nordeste, como Pernambuco, nos municípios de Inajá e São José do Belmonte, na Paraíba, na cidade de Coremas e, em Minas Gerais, no município de Pirapora.
“Nosso foco é sensoriamento remoto. Usamos drones, scanner terrestre, ecosondas e LiDAR. Essas tecnologias permitiram ampliar nosso negócio além das nossas fronteiras locais”, disse o diretor Executivo, Tiago Sá.
Para o gestor, as grandes empresas já perceberam a vantagem em contratar tecnologia de ponta ao invés de utilizar a topografia tradicional nos levantamentos iniciais, antes de começarem a construir os empreendimentos. Os ganhos obtidos no projeto, segundo Tiago, são muito maiores do que os custos necessários para um levantamento muito mais detalhado.
“Nosso desafio é fazer com que as micro e pequenas empresas também se beneficiem dessas ferramentas em seus projetos”, acrescenta o executivo da GeoSensori.
Segundo Thiago, os grandes parques solares e eólicos que estão sendo implantados precisam fazer a topografia do terreno, um levantamento prévio e detalhado, antes de realizar qualquer intervenção na área. “Com a tecnologia que incorporamos conseguimos detectar o relevo e saber onde estão as bacias de água, os córregos. Esses dados permitem que os engenheiros possam calcular os custos da obra antes mesmo de pisar no terreno. Uma tecnologia que proporciona mais acurácia aos projetos”, opina Sá. “Hoje, quando o engenheiro vai para o campo, ele já tem um melhor planejamento, ganha tempo e economiza na execução”, acrescentou.
Ainda pensando em ampliar seu arsenal de ferramentas de sensoriamento remoto, a GeoSensori começou este ano a oferecer serviços de batimetria utilizando barcos não tripulados.Nesse caso, o levantamento do relevo subaquático é realizado com o uso de uma ecosonda embarcada, cuja tecnologia do equipamento é similar a de um sensor de estacionamento utilizado em veículos de passeio.
Futuro otimista
Com uma estrutura enxuta, a GeoSensori vem investindo na aquisição de equipamentos e em pesquisas, com o objetivo de marcar terreno em seu segmento. A startup pernambucana busca ampliar ainda mais seu nicho de mercado, com a conquista de novos clientes. Otimista e empreendedor, Tiago Sá aposta no reaquecimento da economia e do setor da construção civil para alavancar mais negócios e estabelecer a GeoSensori como uma referência no sensoriamento remoto, para o setor de infraestrutura em 2021.
JS Tecnologia e Inovação
Jornalista Luciana Leão
Editor: Antônio José