Volta da coligação obstrui a renovação de quadros políticos
Meu pirão primeiro
Postado em 15/08/2021 2021 10:49 , Política. Atualizado em 15/08/2021 10:49
A volta da coligação de partidos, que havia sido vetada nas eleições de vereadores do ano passado pela força de uma minirreforma política, mostra que o sentimento corporativista aliado aos interesses individuais dos deputados e senadores, impede um avanço qualitativo no processo seletivo de parlamentares. E pode ser visto como um retrocesso.
Excesso de partidos espalha votos pra todo lado
A marcha ré, depois do “sacrifício” imposto a candidatos do legislativo municipal que serviram de cobaia em 2020, resulta do excessivo número de partidos políticos no Brasil. Com trinta e três alternativas de partidos e a atomização dos votos fica difícil que os nomes de peso mantenham os seus mandatos sem auxílio do rescaldo de votos de outros partidos.
Uns são mais iguais do que outros
A volta da coligação de partidos é um paradoxo quando visto sob a ótica da justiça eleitoral. Isso porque inviabiliza o ingresso de novos quadros no cenário político na medida em que favorece os “donos” dos partidos e de “colégios eleitorais”. Muito influentes, eles inclusive abocanham a maior parte do bilionário fundo partidário para as suas próprias campanhas e de “afilhados”.