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Pernambuco, 29 de março de 2024

Agronegócios

O efeito da pandemia sobre a atividade agrícola

As pessoas envolvidas com a agricultura e a pecuária têm sido afetadas em uma dimensão diferente. O campo é por si só uma atividade outdoor. Não é de agora, nem tampouco com a ocorrência da pandemia que o homem procura sair de seu ambiente doméstico para a prática do esporte, da caça, da pesca, ou simplesmente para apreciar o ar, o sol, a paisagem, os parques e o jardim.
O agricultor e seus associados são extremamente ocupados.

Postado em 17/09/2021 2021 14:57 , Agronegócios. Atualizado em 17/09/2021 15:55

Colunista

O agricultor e seus associados são extremamente ocupados. Normalmente as tarefas diárias se iniciam muito cedo e são concluídas muito tarde. Sem se esquecer que no caso da pecuária, praticamente todos os dias há algum cuidado para com seu rebanho, de modo ainda mais intenso do que os plantios na maioria dos casos.

Em geral, a atividade agrícola tornou-se um ambiente acolhedor na pandemia Imagem de Jill Wellington por Pixabay

 

Este modo de vida livre e a céu aberto por si só, sem que se flexibilize os cuidados sanitários e de distanciamento recomendados, é por si só uma terapia e, consequentemente o impacto da pandemia sobre a saúde mental das pessoas do campo não foi tão marcante quanto aqueles que estão nos aglomerados urbanos.

A consequência da preservação da saúde mental do produtor e trabalhadores é muito clara, com as consequências a seguir:

  1. A produção de alimentos não foi comprometida. Em alguns casos os volumes de produção cresceram.
  2. O negócio online colocou os produtores em contato com os consumidores que passaram a participar da venda direta, particularmente com frutas e hortaliças, com crescimento da renda entre os pequenos e médios produtores.
  3. Os ganhos não foram iguais para todos uma vez que, no caso das commodities, em sua maioria dependentes de insumos externos, o valor não acompanhou a evolução dos preços de importações e, principalmente do custo do frete marítimo e terrestre.

Ressalte-se que, apesar da pandemia não ter deixado de causar vítimas em números nunca registrados, o dia a dia do campo foi pouco alterado em comparação com a vida urbana.

 

E a saúde física e mental, como fica?

Um pequeno percentual de infectados pelo coronavírus mesmo após receber alta, saíram ilesos. Milhões amargam as consequências físicas, onde a ação do patógeno no sistema imunológico é de tal ordem que em cada paciente a reação é diferente.

No caso da saúde mental, a situação tem sido ainda mais crítica. O isolamento acentua a solidão, separa a população por faixa etária, bloqueia a socialização e fez emergir pânicos e medos em proporção alarmante.

 Alguns pacientes tiveram a capacidade de concentração e capacidade cognitiva, além do olfato e paladar afetados, certamente você deverá conhecer alguém que por meses após a ocorrência da doença ainda não se sente confortável para desenvolver atividades que antes eram normais e aprender ou ler com a mesma eficiência.



O que se espera

Não há como prever que novas mutações do vírus deixem de ocorrer e que a vida volte como era antes. Na realidade, a máscara passou a ser um item do vestuário que será utilizado a partir deste período. O campo continuará sendo o ambiente mais saudável e dificilmente, nas circunstâncias atuais, o risco de contaminação será superior à média.

Houve ainda uma outra situação, já relatada neste espaço em textos anteriores, que foi o aumento do valor das terras periurbanas, quando milhares de famílias optaram por viver em chácaras e sítios.

Trocando em miúdos, a Covid 19 trouxe consequências graves para todos. Alguns sofreram mais, porém o grupo que convive diretamente com a natureza tem conseguido conviver melhor, sem dúvida alguma. 

 

Por Geraldo Eugênio – Agronegócios /  Ed. 222  JS Digital