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Pernambuco, 11 de março de 2025

Saúde

Jornalista de Serra Talhada que descobriu câncer após cirurgia plástica conta como venceu a doença

Ela recebeu o diagnóstico do câncer de mama com apenas 35 anos; Hoje celebra a cura e multiplica a mensagem de que a prevenção é o melhor caminho

Postado em 20/10/2021 2021 15:17 , Saúde. Atualizado em 20/10/2021 16:07

Colunista
Jornalista ,

Hoje, aos 37 anos, a jornalista pede que as mulheres nem negligenciem os exames de rotina. (foto: Arquivo pessoal)

Na matéria especial do Jornal do Sertão na Campanha Outubro Rosa, vamos conhecer a história da jornalista sertaneja Rochany Rocha, natural do Piauí, mas que mora em Serra Talhada. Ela recebeu o diagnóstico do câncer de mama aos 35 anos e hoje, aos 37 anos, ela relata como encarou a doença.

O medo do câncer de mama começou a existir na vida de Rochany desde os 19 anos. “Eu anualmente fazia o controle, porque aos 19 anos eu já havia retirado um nódulo da mama direita. Contudo, não tive sorte com a médica que me acompanhou nos dois últimos anos, que negligenciou o pedido de exames. Então, Deus me deu o start para a cirurgia plástica para que eu me curasse”, contou a jornalista.

Desde os 19 anos, Rochany fazia exames para monitorar o surgimento de nódulos. (foto: Arquivo pessoal)

Rochany tinha três nódulos, dois na mama esquerda e um na direita. Porém, todos com características de benignos. Foi aí que a ideia de fazer a cirurgia plástica surgiu e salvou a vida dela. “Fiz uma cirurgia plástica, onde o médico retirou os nódulos. Enviamos para a biópsia e o nódulo da mama direita estava com carcinoma ductal invasivo. Meu cirurgião plástico foi quem me deu a notícia e me deu todas as orientações e encaminhamentos seguintes”, relatou.

Para a lutar contra o câncer, Rochany contou com muitas ajudas. “O apoio familiar, dos amigos e do ambiente de trabalho é muito importante, principalmente no momento em que recebemos a notícia. É um período de negação forte, que não nos deixa enxergar uma luz. Por isso, é tão importante as pessoas que amamos ao nosso lado dizendo nada, apenas nos mostrando que não estamos sozinhos. Isso já nos fortalece. Mas o acompanhamento psicológico durante e após o tratamento também é primordial, pois precisamos nos aceitar esteticamente, sem mama ou com as cicatrizes, sem cabelos, sobrancelha, cílios, inchaço. É difícil manter um pensamento positivo se sua imagem no espelho mostra que você não está bem. Você não tem muita motivação pra se arrumar, namorar, ter uma vida “normal”. Por isso, a oncopsicologia é tão importante, além dos efeitos do pós, porque nada será como antes”, garantiu a jornalista.

 

Hoje Rochany segue firme na missão de ajudar na conscientização das pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce. Ao JS, especialmente para todas as mulheres e jovens, ela deixou uma mensagem de fé, força e, claro, de coragem.

“Para as saudáveis, que se toquem, conheçam seus corpos, e não negligencie seus exames de rotina. Para as que descobriram o diagnóstico, é muito difícil, mas não é impossível e passa! Uma fase dolorida mas passa. E aos familiares e amigos, que deem muito amor e carinho, porque é só disso que nós, pacientes oncológicos precisamos. Nessa fase temos um turbilhão de sentimentos, além das oscilações de humor, por conta da medicação, então… paciência, calma, foco é muita fé”, finalizou.