
“Essa luta se vence na raça”, por Diedson Alves
Essa semana, mais precisamente nesta segunda-feira, 21 de março, a Organização das Nações Unidas, instituiu como Dia internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.
Postado em 22/03/2022 2022 19:00 , Educação. Atualizado em 22/03/2022 17:38
Prof. Diedson Alves Mestre em Ciência da Educação
“Ninguém nasce odiando o outro pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar”. (Da autobiografia “O longo caminho para a liberdade”, 1994).
Essa semana, mais precisamente nesta segunda-feira, 21 de março, a Organização das Nações Unidas, instituiu como Dia internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, uma data que nos provoca a fazer uma profunda reflexão sobre as questões envolvendo discriminação, preconceito no nosso país.
Esta data faz referência ao que ocorreu na África do Sul, em 1960, quando negros protestaram contra uma determinada lei que limitava os lugares onde os mesmos poderiam circular. A referida manifestação, apesar de pacífica, foi massacrada por tropas do exército que atiraram contra a multidão deixando uma marca de sangue com 69 mortos e outras 186 feridas. Entrando para a triste história de massacre de Shaperville.
Em relação ao Brasil todo esse contexto encontra-se muito forte, enraizado e necessita ser colocado à tona para que não passe como algo “normal”, simples, corriqueiro, engraçado, uma vez que, pesquisas, entrevistas comprovam o quão é contundente o preconceito racial nos diversos espaços brasileiros.
Para ficar mais evidente o que ora exponho basta uma simples análise sobre o artigo 1º do Estatuto da Igualdade Racial em que essas práticas são testemunhais no dia a dia: “Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada”.
Assim sendo, fico com o pensamento da escritora, Marta Neves, que nos deixa um caminho consistente ao dizer que: “O combate ao racismo deve ser um compromisso de toda a sociedade. É inegável, contudo que cabe ao Estado o papel central na adoção de políticas consistentes e eficazes para promover a igualdade racial e o respeito à diversidade.
A cada conquista em favor do fortalecimento da igualdade racial, somos todos vencedores neste bom combate por uma sociedade justa, progressista e comprometida com o seu povo.