Lula x Banco Central: qual o problema do crédito brasileiro?
Segundo o pestista, a sociedade brasileira como um todo “não suporta mais a taxa de juros”. O dólar, por exemplo, abriu em leve alta nesta última segunda-feira. 08, Às 10h20, a moeda americana subia 0,20%, cotada a R$ 4,9532.
Postado em 13/05/2023 2023 21:32 , Economia. Atualizado em 13/05/2023 21:38
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem constantemente criticado o Banco Central por sua não alteração na Taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, que está em em 13,75% ao ano no Brasil.
Enquanto estava em Londres, por exemplo, Lula afirmou que o presidente do BC (Banco do Brasil), Roberto Campos Neto, não teria compromisso com o Brasil, mas sim com o ex presidente Jair Bolsonaro. “Ele tem compromisso com quem, com o Brasil? Não tem, ele tem compromisso com o outro governo que o indicou”, disse.
As manifestações do presidente não são recentes. Desde que assumiu a liderança do país, Lula tem demonstrado uma postura contrária à política do BC. Segundo o pestista, a sociedade brasileira como um todo “não suporta mais a taxa de juros”. O dólar, por exemplo, abriu em leve alta nesta última segunda-feira. 08, Às 10h20, a moeda americana subia 0,20%, cotada a R$ 4,9532.
A meta para o ano da inflação do BC para 2023 é de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,25%. Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial, caso a inflação continue “muito pressionada”, surgirá uma nova expectativa de mais altas nos juros do país, o que favorece o dólar ante ativos considerados de risco, como o mercado de ações e as moedas de países emergentes, caso do real brasileiro. “É importante olhar a nível macroeconômico. Um dos principais fatores para o fortalecimento da economia é a geração e conservação das empresas. As empresas precisam de crédito para manter a saúde financeira em dia ou, em negócios mais estruturados e com planejamento sólido, pode servir de combustível para a expansão das operações”, diz.
Embora o índice de preços ao produtor tenha caído 2,5% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde junho de 2020 e em comparação com uma queda de 1,4% em fevereiro, a expectativa é que o Banco Central nao recue por enquanto a taxa Selic.