
Brasil prepara inclusão de vacinas de covid-19 no calendário de rotina
Proposta é imunizar grupos mais vulneráveis ao agravamento da doença
Postado em 22/09/2023 2023 23:30 , Saúde. Atualizado em 22/09/2023 23:30
Em 2023, a vacinação com doses de reforço bivalentes foi estendida para toda a população acima de 12 anos, mas a adesão foi baixa, com apenas 28 milhões de doses administradas, sendo apenas 217 mil em adolescentes. Por outro lado, 516 milhões de doses de vacinas monovalentes foram aplicadas no país.
Até 2024, planeja-se adotar um calendário de vacinação contra a covid-19 para crianças menores de 5 anos e doses de reforço anuais para idosos, imunocomprometidos e gestantes. Outros grupos, como profissionais de saúde e comunidades tradicionais, também podem ser incluídos. As diretrizes seguirão a orientação da OMS.
vacina Covid-19 Fiocruz.
“Vacinar toda a população, como a gente vem fazendo, precisa ser revisado nesse momento de transição em que nos encontramos. Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, o anúncio disso ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite [governo federal, estados e municípios]”, conta Gatti.
O diretor do PNI pretende iniciar uma estratégia de vacinação de rotina contra a covid-19 no início de 2024, para substituir o “caráter de excepcionalidade”, com constantes alterações, que ainda dita o ritmo da imunização contra a doença.
Gatti ressalta que a vigilância das variantes deve ser constante, porque são elas que determinaram as ondas de infecção desde o início da pandemia. Esse comportamento difere de outras doenças de transmissão respiratória, cujas incidências são mais influenciadas pelas estações do ano. Ainda que seja importante ter vacinas atualizadas contra essas variantes, ele argumenta que mais importante é garantir que a vacinação aconteça.