O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, lideraram uma reunião crucial, acompanhados pela diretoria do banco e representantes de cooperativas, onde debateram a modalidade de financiamento no setor agroindustrial. Segundo comunicado oficial da pasta, o objetivo principal foi discutir a viabilidade de disponibilizar mais recursos às cooperativas para investimentos de longo prazo, a taxas de juros mais atrativas do que as oferecidas pelo mercado atualmente, com períodos estendidos para pagamento.
Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura, esclareceu à imprensa que essa linha de financiamento visa especificamente os investimentos agroindustriais das cooperativas. Isso engloba uma gama de setores, desde fiação até a produção de etanol de milho, passando pela indústria de carnes e lácteos.
Augustin destacou algumas possibilidades levantadas durante o encontro, como a utilização do Fundo Clima para financiar juros de etanol a uma taxa de 7,15% ao ano em moeda nacional (sendo 6,15% de juros e 1 ponto percentual de spread bancário). Ele também mencionou a alternativa de financiamento com recursos internacionais, como os chineses ou japoneses, para a estruturação de outros fundos.
De acordo com Augustin, representantes de 15 cooperativas de estados como Paraná, Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais estiveram presentes na reunião. Ele afirmou: “Primeiramente, vamos ampliar o acesso às linhas já disponíveis do BNDES e avaliar se há necessidade de ajustes ou criação de outras linhas.”
O ministro Fávaro enfatizou que essa iniciativa visa à agroindustrialização e à verticalização da produção agropecuária, direcionada especialmente a cooperativas de porte médio que buscam financiamentos mais atrativos. Ele ressaltou a importância das cooperativas, destacando que elas se tornaram vitais para a verticalização da produção, seja com etanol de milho, fiação de algodão, industrialização de leite ou de seus derivados.
Por sua vez, Mercadante, presidente do BNDES, reiterou o compromisso do banco com o desenvolvimento do agronegócio, afirmando que fortalecer o cooperativismo é fundamental para o país.