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Pernambuco, 09 de setembro de 2024

Economia

Taxa de juros recua, mas rotativo do cartão atinge 423,5% ao ano

Dados de abril foram divulgados hoje pelo Banco Central

Postado em 28/05/2024 2024 10:16 , Economia. Atualizado em 28/05/2024 10:19

Reprodução

A taxa média de juros das concessões de crédito para famílias teve pequena redução no mês de abril, enquanto os juros do cartão de crédito rotativo continuaram subindo, com aumento de 2,2 pp (pontos percentuais), atingindo 423,5% ao ano. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC).

O crédito rotativo tem a duração de um mês e é utilizado pelos consumidores quando pagam menos do que o total da fatura do cartão de crédito. Dessa forma, eles ficam com uma dívida e são cobrados juros sobre o valor restante.

A categoria se destaca como uma das mais elevadas do setor. De acordo com o Banco Central, apesar da implementação, em janeiro, da legislação que restringe os juros do crédito rotativo a 100% do montante devido, a norma não influencia a taxa de juros acordada no momento da obtenção do empréstimo. Por ser aplicável apenas a novos empréstimos, não houve repercussão no cálculo estatístico de abril.

nos últimos 12 meses até abril, os juros do cartão rotativo diminuíram em 23,8 pontos percentuais.

Passado o período de um mês, os bancos oferecem a opção de parcelamento para os clientes com dívidas no cartão de crédito. Com essa modalidade de parcelamento, a taxa de juros diminuiu 8,7 pontos percentuais no mês e 18,5 pontos percentuais em 12 meses, chegando a 128% ao ano.

Crédito livre

A taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias caiu em abril, chegando a 53% ao ano. Os juros do cheque especial subiram no mês, atingindo 129,9% ao ano. Os juros para empresas aumentaram em abril, indo para 21,3% ao ano, com destaque para o cartão de crédito rotativo. As taxas de juros no crédito livre são definidas pelos bancos, enquanto no crédito direcionado são determinadas pelo governo para setores específicos.

Endividamento das famílias

Segundo o Banco Central, a inadimplência – atrasos acima de 90 dias – tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações e registrou 3,2% em abril. Nas operações para pessoas físicas, ela está em 3,6%, e para pessoas jurídicas em 2,6%.

O endividamento das famílias – relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses – ficou em 48% em março, aumento de 0,2 ponto percentual no mês e queda de 0,6% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,1% no quarto mês do ano.

Já o comprometimento da renda – relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período – ficou em 26,5% em março, aumento de 0,8 ponto percentual na passagem do mês e redução de 1,1% em 12 meses.

Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).