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Pernambuco, 05 de dezembro de 2024

Saúde

Esclerose Múltipla: A Doença Degenerativa e Autoimune que Predomina entre Mulheres Jovens

Tratamentos como estimulação elétrica e fisioterapia ajudam na reabilitação, melhorando a qualidade de vida. A neurologista Carolina Alvarez enfatiza a importância de acompanhamento especializado e atividades físicas regulares para manter uma vida ativa e minimizar as sequelas da doença.

Postado em 02/06/2024 2024 05:04 , Saúde. Atualizado em 01/06/2024 15:26

Reprodução Net

A esclerose múltipla, doença autoimune e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central, atinge 40 mil brasileiros, especialmente mulheres jovens de 20 a 40 anos, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).

Os sintomas incluem fadiga intensa, dificuldades de fala, problemas de visão, desequilíbrio, tremores, fraqueza, rigidez dos membros e sensações de queimação ou formigamento. A doença ocorre quando o organismo ataca a bainha de mielina, prejudicando a transmissão de impulsos nervosos.

Há ainda a espasticidade, que é a rigidez dos membros, principalmente os inferiores, ao movimentar-se, e a parestesia, que compromete a sensação tátil normal e pode surgir como sensação de queimação ou formigamento em partes do corpo. Também podem surgir sensações não definidas como dores musculares, diz a associação. O paciente pode ainda ter sintomas cognitivos em qualquer momento da doença, independentemente da presença de sintomas físicos ou motores e transtornos emocionais, como depressão, ansiedade, de humor, de irritação e transtorno bipolar.

O diagnóstico é feito por exclusão, considerando histórico clínico e exames como ressonância magnética e punção lombar. Embora as causas exatas sejam desconhecidas, fatores como infecção pelo vírus Epstein-Barr, baixa de vitamina D e tabagismo são associados ao risco.

Tratamento e qualidade de vida

Tratamentos como estimulação elétrica e fisioterapia ajudam na reabilitação, melhorando a qualidade de vida. A neurologista Carolina Alvarez enfatiza a importância de acompanhamento especializado e atividades físicas regulares para manter uma vida ativa e minimizar as sequelas da doença.

“Esses métodos podem, com associação de fisioterapia neurofuncional, potencializar as respostas motoras, cognitivas e fonoaudiológicas dos pacientes, aumentando os efeitos da reabilitação de um modo geral, minimizando sequelas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes com esclerose múltipla”, disse a médica.

Carolina destacou que a qualidade de vida do paciente com esclerose múltipla é muito afetada. Por isso, é necessário que o indivíduo passe por reabilitação e por um médico e uma equipe especializados em doenças desmielinizantes. “Isso pode ajudar na qualidade de vida, manter a vida ativa. Por ser uma doença que afeta os movimentos, o paciente precisa manter atividades físicas regulares. A qualidade de vida do paciente com esclerose múltipla pode ser boa. Basta ele seguir à risca as orientações da equipe médica”, finalizou a neurologista.

Fonte Agência Brasil