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Pernambuco, 14 de novembro de 2025

Coluna Psicanálise no Cotidiano

Finados: o que permanece quando tudo passa

Em Luto e Melancolia, Freud diferencia o luto da melancolia. No luto, o sujeito reconhece a perda e, pouco a pouco, se reconcilia com a realidade. Na melancolia, a perda é negada, e a dor se volta contra o próprio eu. Em vez de dizer “perdi alguém”, o sujeito sente-se “perdido”. Por isso, Finados tem uma função psíquica tão importante: ele autoriza o luto, dá lugar social e tempo simbólico à dor, impedindo que ela se transforme em silêncio destrutivo. Lamentar é, paradoxalmente, um modo de preservar a vida. Continue lendo

O Carrinho Vazio e o Coração Cheio

A Black Friday revela algo profundo sobre a condição humana: nossa relação complexa com o desejo e a falta. Freud descobriu que somos seres constituídos pela falta — não uma deficiência, mas o motor que nos move. O marketing explora isso vendendo não objetos, mas promessas de completude. Continue lendo

Entre o desejo de viver e a força que destrói

De um lado, estão os impulsos do id, com toda a potência da vida e da agressividade; de outro, o superego, que pode se tornar um juiz severo e cruel. Quando esse superego assume feições sádicas, o sujeito passa a carregar dentro de si um carrasco interno, sempre pronto a punir. Continue lendo

A alma em tempos digitais: o custo oculto da vida hiperconectada

Com a experiência de quem há pouco mais de uma década escuta as dores da alma e observa as reviravoltas do nosso mundo, dedico-me hoje a conversar sobre um sofrimento que parece sussurrar – ou gritar – em muitos corações. Falo dos desafios que a nossa alma enfrenta nesses tempos tão conectados, onde o excesso da vida online pode, paradoxalmente, nos desconectar de nós mesmos. Para a nossa coluna no jornal do sertão, convido a um olhar mais profundo, aquele que a psicanálise nos permite. Continue lendo