
Rodrigo Maia diz que prioridade da Câmara é votar medidas emergenciais
Para o presidente da Câmara, momento não é de polêmicas
Postado em 27/04/2020 2020 19:43 , Política, Últimas Notícias. Atualizado em 27/04/2020 19:43
Sem falar com a imprensa desde o dia 16 de abril, o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retoma o cenário político, diz que durante sua ausência, fez uma reflexão e afirma que esse não um momento para polêmicas. Disse que o Parlamento não pode ser um vetor de crises com o Poder Executivo e defendeu que a agenda prioritária da casa, no momento, deve focar na votação de projetos e medidas emergenciais voltadas para o combate aos impactos econômicos e sociais da pandemia do coronavírus.
Quanto aos pedidos de investigação contra o governo, após a saída do ex-juiz Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Maia usou como argumento para defender a votação de projetos relacionados ao coronavírus, as projeções de consultorias econômicas de que os impactos econômicos da pandemia devem gerar uma queda de até 10% do Produto Interno Bruto (PIB, todos os bens e serviços produzidos no país) este ano.
Rodrigo Maia disse ainda que ouviu de especialistas na área de saúde que o número de mortes causadas pelo coronavírus deve aumentar nos próximos dias. Segundo o deputado, a Câmara deve focar em debater o envio de recursos para estados e municípios aumentarem o número de leitos de UTI e citou a situação dos estados do Amapá, Pará, Pernambuco e São Paulo.
O presidente da Câmara evitou falar sobre os pedidos de aberturas de comissões parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar as acusações do ex-ministro da Justiça de que o presidente Jair Bolsonaro queria usar politicamente a Polícia Federal, e disse que o custo do aumento na crise política seria a aceleração nos indicadores de desemprego. A Câmara deve, sob a minha presidência, respeitando a posição de outros parlamentares, ter a paciência e o equilíbrio para tratar do que é mais importante, a vida dos brasileiros e a renda”, afirmou. Ao comentar a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, Maia disse que era um “problema” do Executivo. “Nomear e exonerar é problema do governo. Se tem problemas na forma de nomear, você tem uma investigação proposta pelo[procurador-geral da República, Augusto] Aras”, disse Maia.
Fonte, AG Brasil. Imagem Najara Araujo