Afogados da Ingazeira celebra 111 anos, sendo berço cultural do Sertão Pajeú
Cidade é terra de bacamarteiros, forrozeiros, empresários, comerciantes, poetas e lideranças fortes; local inspira força, cultura, desenvolvimento e memória
Postado em 01/07/2020 2020 10:12 , Cidades, Cultura, Últimas Notícias. Atualizado em 01/07/2020 10:12
Símbolo de força, cultura e desenvolvimento Afogados da Ingazeira, segunda maior economia do Sertão do Pajeú, celebra hoje 111 anos. Reza a lenda que o seu nome é resultado de uma história de amor, que teve um fim trágico. Um casal, que passava pela região, caiu no rio Pajeú e foi levado pela correnteza, morrendo afogado. No entanto, a origem da cidade está ligada a uma antiga fazenda de criação, pertencente ao senhor Manuel Francisco da Silva. Em 1870, ano em que as edificações no entorno do local começaram a se desenvolver, a cidade começou a ganhar forma.
O município sedia importantes órgãos públicos e possui uma economia rural e urbana forte. No meio rural, por exemplo, as atividades como o cultivo de caprino, bovino e de milho, mandioca e frutas, garantem a renda. Na área urbana, os setores automobilístico, de material de construção e logística e distribuição estão entre os mais fortes.
Mas sabe qual a melhor forma de conhecer esta aniversariante? É se deixando levar pela crônica a seguir, que retrata os cantinhos de Afogados da Ingazeira. Não estranhe se, ao final da leitura, você começar a contar as horas para arrumar as malas e visitar o local. Já quem é morador ou conhece o local, vai ficar ainda mais orgulhoso de ser sertanejo e afogadense.
Um dia em Afogados da Ingazeira
A nossa viagem pelos recantos sertanejos começa no Sertão do Pajeú. No coração dessa microrregião, encontramos a imponente cidade de Afogados da Ingazeira, que abriga história, cultura, força e desenvolvimento. Passear por esse lugar dá direito à um belo desjejum com Bolo de Caco e café torrado e batido no pilão, mas também vale circular pelo comércio dinâmico e ativo nas áreas de automóveis, material de construção e vestuário. Quando chegar a hora do almoço, um arrumadinho com feijão de arranca e carne seca no Bar de Seu Josias não pode faltar. Logo depois, é bom desbravar o museu do rádio e lá pelo fim da tarde, apreciar a belíssima arquitetura da Catedral do Bom Senhor Jesus dos Remédios, no Centro da Cidade. No início da noite, você pode ter o privilégio de assistir a um filme no Cine – Teatro São José, que avisa a hora da sessão com uma sirene que toca imponente. Mas se você escolheu o mês de junho para visitar a cidade, fique alerta por que os Bacamarteiros se encontram por esses dias e anunciam que a terra é de respeito. Não se surpreenda se encontrar poetas, declamando versos em alguma esquina, a cidade tem conexão forte com São José do Egito e um poeta contagia o outro. Mas se você faz gosto em ver o rio Pajeú correndo solto e pelas pontes da cidade, eu já não posso garantir nada. Se a chuva teimar em não cair, ele vai simbora e, às vezes, não tem dia nem hora para voltar.