Pandemia continua em crescimento no Vale do São Francisco, mas em menor intensidade
Covid-19 perdeu um pouco de força na evolução dos novos casos de dezembro de 2020 a janeiro 2021, indica levantamento do Colegiado de Economia da FACAPE
Postado em 01/02/2021 2021 21:39 , Saúde, Últimas Notícias. Atualizado em 06/02/2021 22:32
Novos Casos: Petrolina estável e Juazeiro tem queda de 58%
A quantidade de novos casos cresceu nas duas cidades analisadas, mas em proporção menor do que em dezembro.
Os dados do relatório indicam que houve queda na quantidade de novos casos.
Em Petrolina o quantitativo ficou praticamente estável. Passou de 2.682 novos casos em dezembro para 2.662 novos casos em janeiro. Já em Juazeiro, passou de 1.749 novos casos em dezembro para 736 em janeiro, uma queda de 58%. Ou seja, Petrolina registrou mais casos novos em janeiro no comparativo com a vizinha cidade baiana.
Uma alerta para o número de casos ativos
A evolução dos casos ativos, ou seja, as pessoas que ainda estão contaminadas, é uma informação importante para analisar o risco de contágio da doença. Esse número exclui aqueles que estão curados e os que faleceram. Nesse quesito, o levantamento do Colegiado de Economia da Facape aponta que em Petrolina e Juazeiro os casos ativos continuam altos.
O município do Sertão pernambucano começou o mês de janeiro com 2.242 casos ativos e terminou com 2.497. Ou seja, um aumento de 255 casos (11,37%). E Juazeiro, no Norte da Bahia, passou de 2.024 para 2.261 nesse mesmo período, um aumento de 237 novos casos (11,71%).
Taxa de óbitos cresce em Juazeiro
Um dado importante que merece atenção é a taxa de mortalidade, que nada mais é do que a razão entre óbitos e casos confirmados. No mês de janeiro de 2021, em Petrolina a quantidade de novas mortes pela Covid-19 foi praticamente a mesma de Juazeiro em dezembro de 2020, mesmo a cidade baiana tendo bem menos novos casos.
Nesse ponto fica evidente os comportamentos diferentes nas duas cidades. Juazeiro aumentou a taxa de mortalidade entre dezembro e janeiro, passando de 1,73% para 1,83%. Já Petrolina registrou uma redução na taxa, passando de 1,25% para 1,20%.
Petrolina acelera nos testes
As duas cidades tiveram redução na quantidade de teste para detecção do novo Coronavírus entre os meses de dezembro e janeiro. No entanto, chama atenção a persistente desproporção entre Juazeiro e Petrolina na testagem.
Do lado pernambucano da Ponte Presidente Dutra foram feitos 8.632 testes rápidos em dezembro e 7.090 em janeiro, uma redução de 17,9%. No município da Bahia, que segue testando muito menos do Petrolina (cerca de 1/4 do total), a quantidade passou de 3.223 exames em dezembro para 1.862 em janeiro, uma redução significativa de 42,2%.
Vale salientar que os especialistas chamam atenção para a importância de continuar testando e fazendo campanhas, pois existem muitos casos de assintomáticos que podem sim transmitir o vírus para outras pessoas.
Índice de Isolamento Social não mede aglomerações
Em janeiro, o índice de isolamento médio permaneceu estável na comparação com dezembro, nas duas cidades. Em Juazeiro, passou de 40,5% para 39,7% e, em Petrolina, de 39,7% para 38,7%. Com isso, o levantamento da Facape aponta que não têm caído os índices de isolamento social na região. “Estes valores são as médias, existem dias da semana, notadamente as sextas-feiras, que estes índices são bem menores, cerca de 36%, diz o relatório.
No entanto, o documento destaca que o índice de isolamento social não mede aglomerações. Sendo assim, é possível ter um índice de isolamento mais alto e mesmo assim estarem ocorrendo aglomerações em paralelo. Por isso, “fechar atividades não essenciais para reduzir o avanço da pandemia, pode não ser a solução mais eficaz”, afirma o professor de Economia, João Ricardo.
Juventude exposta
Quando se trata dos mais jovem, o comportamento de uma parcela significativa deles pode refletir diretamente em novos saltos no número de casos. Por isso, segundo João Ricardo, aquela população que sai “precisa fazer a sua parte continuar usando máscara, álcool gel e evitar aglomeração”.
Segundo o professor, o ideal é sair de casa em caso de necessidade, não permanecer por muito tempo em situações que proporcione aglomeração de pessoas, além de seguir todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
JS Saúde