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Pernambuco, 20 de maio de 2025

Educação

O olhar contemplativo sobre a Lua de Sangue | Por Diedson Alves

Numa perspectiva simplista da psicologia, “contemplar também faz parte dos processos psicológicos necessários para os humanos funcionarem de forma eficaz”.

Postado em 17/05/2022 2022 19:00 , Educação. Atualizado em 17/05/2022 15:23

Colunista

Prof. Diedson Alves Mestre em Ciência da Educação

“A Lua admirada pelos enamorados, decantada pelos poetas, contemplada pelos pensadores, rege nossas vidas e embeleza a noite. Este satélite natural da Terra é o quinto maior do Sistema Solar. Vamos agora saber tudo sobre a Lua”.

O evento do eclipse lunar total chamada de Lua Vermelha, no qual, assumiu uma totalidade avermelhada, trouxe algo que o dia a dia, a correria cotidiana, a busca pela sobrevivência ficou em segundo plano, o olhar contemplativo, a lua de sangue, mais que um fenômeno, foi um chamamento para mostrar-nos o quão significativo é um olhar admirando nossos entornos, nossos espaços.

Isso faz-me lembrar de Han, sul-coreano, do livro Sociedade do Cansaço que traz essa reflexão, sobre a busca incessante por resultado, produção a autocobrança, que tem trazido um adoecimento, o total esgotamento. Um dos fatores para essa problemática é a perda do olhar contemplativo sobre a própria existência, interfere no nosso modo de viver, nas nossas relações pessoais e interpessoais.

A luz da filosofia: “Contemplar é ver o que está latente e intocável no contemplado. É ver nele o que percebo e sinto que também está em mim. É aceitar como o visto está envolto e não deixar que o invólucro cegue a visão. O que contemplo vai além do que apenas meus olhos seriam capazes de enxergar”. Nas palavras de São Tomás de Aquino: “onde está o amor, aí está o olhar”.

Numa perspectiva simplista da psicologia, “contemplar também faz parte dos processos psicológicos necessários para os humanos funcionarem de forma eficaz”.

Portanto, que sejamos provocados, cobiçados, seduzidos por “novas luas” que nos levem a observar, a admirar, a dar um tom humano, significativo da nossa existência como forma de preenchermos lacunas, vazios de a “sociedade do cansaço” tem nos proporcionado.