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Pernambuco, 12 de fevereiro de 2025

Economia

Editores propõem estratégias para aumentar número de leitores no Brasil

Pesquisa indicou a perda de 4,6 milhões de leitores em quatro anos

Postado em 10/09/2024 2024 10:07 , Economia. Atualizado em 10/09/2024 10:07

Divulgação

Após a assinatura do decreto que regulamenta a Política Nacional de Leitura e Escrita, na quinta-feira (5), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o debate sobre como ampliar o número de leitores no país voltou à pauta. O presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Dante Cid, sugere que a combinação de livros em formatos digital e impresso pode ser a chave para aumentar o número de leitores espontâneos no Brasil.

A nova regulamentação abre caminho para que o governo federal elabore um novo Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), com o objetivo de reverter a queda no número de leitores observada nos últimos anos. A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada em 2020 pelo Instituto Pró-Livro e Itaú Cultural, revelou uma perda de 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019.

Para enfrentar esse cenário, Cid destaca que o Brasil pode se inspirar em modelos internacionais, como o da Suécia, onde escolas que adotaram exclusivamente o formato digital apresentaram resultados inferiores na assimilação de conteúdos pelos alunos. Apesar disso, ele ressalta que o formato eletrônico pode ser uma alternativa eficaz em regiões de difícil acesso, onde a distribuição de livros impressos enfrenta desafios logísticos.

Ele menciona como exemplo os livros técnico-científicos, que, quando disponíveis em formato digital, ampliam o acesso ao conhecimento especializado. “A versão digital é uma solução importante, principalmente em locais onde o transporte é complicado, mas deve ser complementada por bibliotecas físicas”, explica Cid, com base em sua experiência no setor editorial.

Cid também defende a necessidade de um esforço integrado entre os Ministérios da Educação, Cidades e Cultura para garantir que os livros cheguem às populações mais vulneráveis. “Sabemos das dificuldades que muitos jovens enfrentam para chegar à escola e ao trabalho, e isso se reflete também no acesso aos livros”, afirma, reforçando a importância de uma política coordenada para ampliar o alcance da leitura no país.

“A gente pode ter um mix de soluções: bibliotecas físicas em municípios tradicionais e, em municípios com acesso mais complicado, ter um conjunto de produtos impressos que chegam paulatinamente, junto com livros digitais de disponibilidade imediata”, adiciona.

 

Fonte Agência Brasil