Sudene mobiliza principais agentes financeiros para definir estratégias de financiamento no Nordeste
Durante o encontro, uma das medidas definidas foi a realização de ações específicas para a Caatinga. Além disso, foi criada um grupo de trabalho para elaborar uma matriz das linhas de crédito no Nordeste, visando identificar lacunas e superposições nos financiamentos, bem como a possibilidade de operações consorciadas. O comitê também concordou em sistematizar e consolidar dados sobre obras públicas e privadas prioritárias, e em direcionar recursos de pesquisa e desenvolvimento para as principais necessidades da região.
Postado em 18/09/2024 2024 12:40 , Economia. Atualizado em 18/09/2024 12:52
A integração entre os instrumentos de financiamento e as políticas públicas setoriais, como o programa Nova Indústria Brasil e o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), foi o foco da reunião de instalação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), realizada nesta terça-feira (10) sob coordenação da Sudene. O encontro visou garantir que os recursos disponíveis para crédito nos 11 estados da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste sejam aplicados de forma estratégica, promovendo o crescimento e desenvolvimento regional.
“É preciso integrar as políticas e os instrumentos de financiamento, pois estes estão aquém do que deve ser destinado ao Nordeste para quebrar a lógica do aprofundamento das desigualdades”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, na abertura da reunião.
Esta primeira reunião contou com um painel da economista Tania Bacelar sobre o “Desenvolvimento do Nordeste e a importância das políticas de financiamento integradas. Em sua análise, ela frisou que há uma expectativa de crescimento econômico que demandará o protagonismo dos investimentos públicos. “A discussão fundamental é sobre o que patrocinar na região. O Nordeste mudou e a agenda de investimentos se renovou e se tornou mais complexa”, explicou.
Tânia Bacelar elencou as potencialidades e oportunidades da nova agenda do Nordeste. Entre elas, a expansão da infraestrutura, a retomada da industrialização, a valorização das cadeias produtivas, promoção da economia regenerativa, a economia criativa, turismo. “Nós precisamos buscar convergências, resolver conflitos, evitar superposições”, frisou.