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Pernambuco, 10 de outubro de 2024

Economia

Sudene mobiliza principais agentes financeiros para definir estratégias de financiamento no Nordeste

Durante o encontro, uma das medidas definidas foi a realização de ações específicas para a Caatinga. Além disso, foi criada um grupo de trabalho para elaborar uma matriz das linhas de crédito no Nordeste, visando identificar lacunas e superposições nos financiamentos, bem como a possibilidade de operações consorciadas. O comitê também concordou em sistematizar e consolidar dados sobre obras públicas e privadas prioritárias, e em direcionar recursos de pesquisa e desenvolvimento para as principais necessidades da região.

Postado em 18/09/2024 2024 12:40 , Economia. Atualizado em 18/09/2024 12:52

 

Divulgação

A integração entre os instrumentos de financiamento e as políticas públicas setoriais, como o programa Nova Indústria Brasil e o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), foi o foco da reunião de instalação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), realizada nesta terça-feira (10) sob coordenação da Sudene. O encontro visou garantir que os recursos disponíveis para crédito nos 11 estados da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste sejam aplicados de forma estratégica, promovendo o crescimento e desenvolvimento regional.

“É preciso integrar as políticas e os instrumentos de financiamento, pois estes estão aquém do que deve ser destinado ao Nordeste para quebrar a lógica do aprofundamento das desigualdades”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, na abertura da reunião.

Esta primeira reunião contou com um painel da economista Tania Bacelar sobre o “Desenvolvimento do Nordeste e a importância das políticas de financiamento integradas. Em sua análise, ela frisou que há uma expectativa de crescimento econômico que demandará o protagonismo dos investimentos públicos. “A discussão fundamental é sobre o que patrocinar na região. O Nordeste mudou e a agenda de investimentos se renovou e se tornou mais complexa”, explicou.

Tânia Bacelar elencou as potencialidades e oportunidades da nova agenda do Nordeste. Entre elas, a expansão da infraestrutura, a retomada da industrialização, a valorização das cadeias produtivas, promoção da economia regenerativa, a economia criativa, turismo. “Nós precisamos buscar convergências, resolver conflitos, evitar superposições”, frisou.

Cada instituição presente apresentou as políticas de financiamento voltadas para o desenvolvimento do Nordeste previstas para os anos de 2024 e 2025. A diretora Financeira e de Crédito Digital do BNDES, Maria Fernanda Coelho, por exemplo, destacou a ampliação de 196% na aprovação de crédito na região no primeiro semestre, totalizando R$ 7,7 bilhões. “Nesse momento, temos todo o processo de articulação para planejar investimentos estruturantes para a região, de modo que possamos ter uma retomada organizada, em parceria com essas instituições financeiras, com o BNDES cada vez mais presente no Nordeste, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável que tanto desejamos”, afirmou.

Representando o Consórcio Nordeste, Pedro Lima, subsecretário de Programa, ressaltou a importância das instituições financeiras se comprometerem com a redução das desigualdades regionais, ampliando os recursos destinados ao Nordeste. “A reativação do Coriff é essencial como instância estratégica para discutir os entraves e articular estratégias conjuntas das instituições financeiras, visando aumentar a oferta de crédito no Nordeste. O Consórcio Nordeste, que agora integra esse espaço, entende que a superação da desigualdade regional depende da superação da desigualdade na oferta de crédito e investimento”, enfatizou.

Estiveram presentes representantes do Banco do Nordeste (José Aldemir Freire, diretor de Planejamento); da Caixa Econômica Federal (Marcos Carvalho, superintendente); do Banco do Brasil (Edilberto Passos, gerente-geral); do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG (Rubens Brito, superintendente de Desenvolvimento de Negócios e Produtos); do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo – Bandes (gerente de Fundos e Produtos); e da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep (Márcio Stefanni, diretor Financeiro, de Crédito e Captação).