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JS: Qual é a estratégia de fortalecimento do IPA, uma instituição essencial para a agricultura de Pernambuco?
Ellen: A estratégia de fortalecimento do IPA é investimento e gestão. Investimento nas ações de ensino, pesquisa, extensão e recursos hídricos, para que possamos levar a assistência técnica e os resultados das nossas pesquisas diretamente aos produtores, e gerir todo esse cenário da melhor forma possível, para que os nossos extensionistas e pesquisadores consigam desenvolver um produto de qualidade que chegue até a ponta.
JS: Quais tecnologias a senhora considera como o maior impacto econômico e social desenvolvido pelo IPA ao longo dos anos?
Ellen: As maiores tecnologias do IPA, eu poderia elencar as ações de melhoramento genético vegetal ou animal, porque, por meio delas, é possível ter uma maior adaptabilidade desse recurso, seja vegetal ou animal, para chegar ao produtor de uma maneira sustentável e com alta produtividade. São os melhoramentos genéticos, pois temos melhoramento genético em palma forrageira, em sementes e em algumas leguminosas, que são produtos que conseguem chegar de maneira acessível aos nossos produtores e que são resistentes às nossas condições climáticas, adaptadas a ambientes que, às vezes, são até hostis, devido ao pouco acesso à água e à grande variação térmica.
JS: Qual é o número de cursos de nível superior na área de ciências agrárias, no Agreste e Sertão? Quando o IPA abrirá um concurso para atualizar seu quadro de servidores?
Ellen: Nós já estamos trabalhando internamente, dialogando com os diversos órgãos do governo, para reforçar nossa mão de obra no IPA. A construção de um concurso público leva de nove a doze meses. É impossível ter uma construção de concurso público em uma instituição que trabalha com pesquisa e assistência técnica em menos tempo, porque envolve recurso orçamentário, gestão de folha de pagamento e demandas, tanto internas quanto externas. As externas se referem aos trabalhadores, aos profissionais que vão a campo. Portanto, não podemos afirmar uma data, mas o que podemos garantir é que, dentro da dinâmica de governo e da presidência do IPA, já há diálogo para construirmos um reforço de mão de obra. A princípio, algo mais próximo, com contratações em breve, e, em paralelo, estamos construindo a proposta do segundo concurso para o IPA, já que, ao longo desses 89 anos, o IPA só teve um concurso, que foi há 18 anos.
JS: Quais são as perspectivas da agropecuária pernambucana nas próximas décadas? Há tendência de crescimento?
Ellen: Com certeza. Mesmo com todo esse período de pandemia e todas as crises internacionais, a área agropecuária costuma ter menos impacto, porque está diretamente ligada ao consumo alimentar da população brasileira. Você pode passar um ano inteiro sem comprar uma roupa, mas todos os dias precisa comprar, pelo menos, ovos, arroz, farinha e feijão. Portanto, é um ramo que está em constante movimento e evidência. Acredito que a área agropecuária só tende a crescer e evoluir, e o nosso trabalho constante, enquanto Instituto Agronômico de Pernambuco, é garantir que nossos agricultores familiares consigam participar desse crescimento e façam parte dessa velocidade constante de evolução.
O IPA