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Pernambuco, 15 de janeiro de 2025

Saúde

Ministério da Saúde lança novo protocolo para tratamento do câncer de mama no SUS

O Ministério da Saúde anunciou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Câncer de Mama, um marco no atendimento oncológico no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a inclusão de novos procedimentos e a adoção da videolaparoscopia – técnica cirúrgica minimamente invasiva –, o protocolo busca otimizar recursos, ampliar o acesso e padronizar o cuidado para pacientes em todo o país.

Postado em 07/12/2024 2024 09:26 , Saúde. Atualizado em 07/12/2024 09:26

Reprodução

Videolaparoscopia: um avanço para pacientes e gestão do SUS

A videolaparoscopia, ao permitir acesso aos órgãos internos por pequenas incisões, traz benefícios diretos aos pacientes, como menor tempo de internação e recuperação mais rápida. Além disso, a técnica reduz a necessidade de reintervenções, contribuindo para a otimização de recursos em um sistema com alta demanda, como o SUS, destacou o ministério.

Os cinco novos procedimentos incluídos

O PCDT incorpora tecnologias modernas, incluindo:

  1. Inibidores das quinases dependentes de ciclina (CDK) 4 e 6 – fundamentais para casos avançados.
  2. Trastuzumab entansina – tratamento para câncer HER2-positivo.
  3. Supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral – alternativas eficazes na terapia hormonal.
  4. Fator estimulador de colônia em doses densas – para suporte imunológico durante o tratamento.
  5. Ampliação da neoadjuvância – beneficiando pacientes com tumores nos estágios I a III.

Essas inovações garantem acesso igualitário a medicamentos eficazes e profissionais qualificados.

Integração e diagnóstico precoce

Com foco na detecção precoce, a linha de cuidado oncológica será integrada ao Programa Mais Acesso a Especialistas, oferecendo maior eficiência no diagnóstico e tratamento.

Um exemplo prático é o Protocolo de Acesso às Ofertas de Cuidado Integrado (OCI), que abrange procedimentos desde consultas com mastologistas, mamografia e ultrassonografia, até punções, exames histopatológicos e retorno ao especialista. O objetivo é integrar serviços e agilizar o início do tratamento.

Antes, a média era de 18 meses para começar o tratamento, com longas filas entre cada etapa. Agora, o prazo para o diagnóstico será de 30 dias, um avanço significativo.

Impactos da judicialização e sustentabilidade do SUS

Segundo o ministério, a nova padronização reduz os desafios da judicialização – processos que exigem medicamentos não incorporados ao SUS, beneficiando apenas indivíduos específicos. Isso gera um desvio de recursos que poderiam atender a políticas de saúde amplas.

A incorporação oficial de medicamentos no SUS promove um ciclo integral de cuidado, com diretrizes que garantem a eficácia dos tratamentos para toda a população.

Por que isso importa?

O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Dados mostram que atrasos no início do tratamento aumentam a mortalidade entre 6% e 16%. A modernização e ampliação dos protocolos refletem um compromisso em oferecer atendimento mais ágil e eficiente, reduzindo desigualdades e salvando vidas.

Com esse novo protocolo, o SUS dá um passo importante para padronizar o cuidado e garantir que todas as mulheres tenham acesso a tratamentos de qualidade.