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Pernambuco, 15 de janeiro de 2025

Economia

Dívidas no fim do ano: como renegociar e começar 2025 com tranquilidade

Dívidas no vermelho? Saiba como renegociar com segurança e aproveitar os benefícios do final do ano. Especialista em Direito Bancário explica como quitar débitos de forma acessível e com amparo da lei

Postado em 26/12/2024 2024 09:38 , Economia. Atualizado em 26/12/2024 09:41

O final do ano é tradicionalmente marcado por gastos extras, como presentes, festas, viagens e outras despesas. Para muitas pessoas, isso pode significar recorrer ao crédito e, eventualmente, acumular dívidas. Nesse contexto, tentar renegociá-las sem a orientação adequada pode levar à aceitação de condições piores para a situação financeira. Contar com a ajuda de um advogado especializado pode ser essencial para negociar de forma segura, evitando abusos e garantindo que seus direitos sejam respeitados.

Thiago Rodrigues, advogado especialista em Direito Bancário e docente do curso de Direito em  Petrolina, ressalta a importância de conhecer os próprios direitos antes mesmo de negociar diretamente com os credores. “O Código de Defesa do Consumidor garante, por exemplo, que as cobranças sejam transparentes e justas, além de proteger o cidadão contra práticas abusivas, como juros desproporcionais ou cobranças vexatórias. Sem esse conhecimento, há o risco de aceitar propostas desvantajosas ou, pior, entrar em novos débitos.”

Nessas situações, o papel de um advogado é indispensável. “Com o auxílio de um profissional especializado, é possível identificar cláusulas contratuais abusivas, revisar contratos com juros desproporcionais, garantir condições que respeitem a capacidade de pagamento ou propor ações judiciais, caso os direitos do consumidor sejam violados”, explica Thiago.

O especialista destaca ainda que muitas instituições financeiras estão mais abertas a acordos no final do ano, oferecendo descontos para pagamento à vista ou parcelamentos. Contudo, nem sempre a negociação direta resolve. “Se o credor se recusar a negociar ou impor condições inviáveis, é possível registrar uma queixa em plataformas específicas ou acionar o Banco Central. Além disso, o suporte de um advogado pode ser crucial para pressionar o credor a revisar as propostas ou até formalizar uma notificação extrajudicial, aumentando as chances de obter um acordo justo.”

Outro ponto relevante é a prescrição de dívidas mais antigas. “Após cinco anos, o credor perde o direito de cobrar judicialmente o débito. Além disso, a Lei do Superendividamento possibilita a elaboração de planos de pagamento que respeitem a capacidade financeira, protegendo o essencial, como moradia, alimentação e saúde”, acrescenta.

Contar com um advogado pode fazer toda a diferença para um recomeço financeiro sem novos problemas, especialmente no início do ano. “Com a orientação certa, é possível garantir que os direitos sejam respeitados e que as condições acordadas sejam realmente vantajosas. Negociar débitos não é apenas quitar contas, mas recuperar a tranquilidade e a autonomia”, conclui o especialista.