
Fisioterapia Pélvica na Reabilitação Pós-Prostatectomia
Estratégias para a reabilitação da continência e função sexual masculina!
Postado em 23/03/2025 2025 17:33 , Saúde. Atualizado em 23/03/2025 18:54
Mestranda em Ciência e Tecnologia em Saúde
Pós-Graduada em Fisioterapia Pélvica
✔ Praticar atividade física regularmente;
✔ Manter uma alimentação saudável, priorizando verduras, frutas e cereais integrais;
✔ Evitar o tabagismo;
✔ Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas;
✔ Realizar consultas médicas periódicas para exames de rastreamento.
O diagnóstico precoce é um fator crucial para a eficácia do tratamento, permitindo a adoção de condutas menos invasivas e com maior potencial de sucesso.
A prostatectomia – cirurgia de remoção parcial ou total da próstata – é uma das abordagens terapêuticas mais utilizadas no tratamento do CaP, sendo considerada um procedimento seguro e eficaz. No entanto, como qualquer intervenção cirúrgica, a prostatectomia pode gerar efeitos adversos, sendo os mais comuns:
• Incontinência urinária: devido à remoção da próstata e ao impacto sobre os músculos da bexiga e os esfíncteres urinários;
• Disfunção erétil: decorrente de possíveis lesões nos nervos e vasos sanguíneos responsáveis pelo mecanismo de ereção.
Nesse contexto, a fisioterapia pélvica desempenha um papel essencial na reabilitação funcional de pacientes submetidos à prostatectomia, auxiliando na recuperação do controle urinário e da função sexual.
O assoalho pélvico é um grupo de músculos e ligamentos que sustentam a bexiga, uretra, próstata e intestino, desempenhando um papel fundamental no controle urinário e na função sexual masculina. Sua principal função na continência urinária está associada ao controle da saída da urina pela musculatura esfincteriana da uretra, órgão tubular responsável pela eliminação da urina e do sêmen.
No que se refere à função erétil, os músculos do assoalho pélvico são essenciais para a manutenção da ereção, pois auxiliam no fluxo e na retenção de sangue no pênis, evitando a drenagem precoce. Assim, a preservação da força, resistência e coordenação muscular pélvica é determinante para minimizar as disfunções associadas à prostatectomia.
A fisioterapia pélvica emprega técnicas que visam reeducar os músculos do assoalho pélvico, melhorar a circulação sanguínea na região e reduzir processos inflamatórios. Entre as abordagens mais utilizadas, destacam-se:
✔ Exercícios específicos para o fortalecimento do assoalho pélvico: promovem a melhora da continência urinária e da função sexual;
✔ Eletroestimulação: auxilia na ativação muscular em casos de fraqueza significativa do assoalho pélvico;
✔ Biofeedback: técnica que permite ao paciente visualizar em tempo real a contração da musculatura, aprimorando o controle motor.
Embora o fortalecimento pélvico seja uma das estratégias fundamentais da fisioterapia, é importante ressaltar que a reabilitação não se baseia apenas no aumento da força muscular. Em alguns casos, o problema pode estar relacionado à resistência ou à coordenação dos músculos, interferindo nas funções miccionais e sexuais.
Além disso, uma intervenção fisioterapêutica pré-operatória oferece benefícios na recuperação pós-cirúrgica, preparando o paciente para o procedimento e reduzindo o tempo necessário para o restabelecimento da continência urinária.
A fisioterapia pélvica representa uma abordagem essencial na reabilitação de pacientes submetidos à prostatectomia, contribuindo para a recuperação do controle urinário e da função sexual. Associada a um estilo de vida saudável, essa intervenção pode impactar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar dos homens.
Se você ou alguém próximo enfrenta desafios após uma cirurgia de câncer de próstata, buscar acompanhamento com um fisioterapeuta especializado pode fazer toda a diferença na recuperação. Cuide da sua saúde e garanta um futuro com mais qualidade de vida!
Fontes:
Profª. Lays Anorina – Fisioterapeuta Pélvica
Mestranda em Ciência e Tecnologia em Saúde
Pós-Graduada em Fisioterapia Pélvica
IG: @laysanorina2
E-mail: laysanorina@gmail.com