

PIX : um clique para recuperar o que foi perdido
O Banco Central lançou o botão de contestação, uma ferramenta que promete dar mais agilidade e eficiência às devoluções em casos de fraude, golpe ou coerção. Do telefone para o digital Antes, quem precisava contestar uma operação passava pela central de atendimento da instituição.Agora, o processo é 100% digital.Basta acionar o botão no app do […]
Postado em 09/10/2025 16:52
Agência Brasil
O Banco Central lançou o botão de contestação, uma ferramenta que promete dar mais agilidade e eficiência às devoluções em casos de fraude, golpe ou coerção.
Antes, quem precisava contestar uma operação passava pela central de atendimento da instituição.
Agora, o processo é 100% digital.
Basta acionar o botão no app do banco, sem burocracia.
O recurso faz parte do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021, e que ganha uma nova fase com o autoatendimento.
Assim que o usuário contesta uma transação, o sistema envia a informação imediatamente para o banco do golpista.
Se houver dinheiro na conta — mesmo que apenas parte do valor — ele é bloqueado.
Depois disso, os dois bancos envolvidos têm até sete dias para analisar o caso.
Se confirmarem que se trata de fraude, a devolução segue para a vítima.
O prazo para que o dinheiro volte é de até onze dias após a contestação.
Com essa agilidade, as chances de ainda haver recursos na conta do fraudador aumentam.
Isso pode fazer toda a diferença para quem precisa reaver o valor perdido.
Mas atenção: o MED não vale para desacordos comerciais, arrependimento de compra, erro de digitação de chave ou casos que envolvem terceiros de boa-fé.
Ele é exclusivo para fraude, golpe ou coerção.
Outro ponto importante chega em breve.
A partir de 23 de novembro, será possível devolver valores não só da conta usada na fraude, mas também de outras contas por onde o dinheiro passou.
Hoje, o maior problema é que os golpistas transferem rapidamente os recursos, esvaziando a conta inicial.
Quando a vítima reclama, muitas vezes já não há saldo para bloqueio.
Com a novidade, o MED vai mapear os caminhos do dinheiro, ampliando as chances de devolução.
Esse recurso será opcional no fim de novembro e passa a ser obrigatório em fevereiro de 2026.
O Banco Central acredita que essas medidas vão desestimular golpes e aumentar a identificação de contas usadas para fraudes.
Além disso, o compartilhamento de informações entre bancos vai impedir que as mesmas contas sejam utilizadas em novos crimes.
Um passo a mais para que o Pix continue rápido, prático — e, principalmente, seguro.
Fonte Agência Brasil