


Resiliência e união impulsionam alta de 30% nas exportações de frutas brasileiras
Mesmo diante de pressões externas, setor mantém ritmo de crescimento e reforça papel estratégico na balança comercial do agronegócio
Postado em 23/10/2025 06:17
Mesmo diante de um cenário global de incertezas, o setor de frutas brasileiro demonstrou solidez e capacidade de reação em 2025. Pressionado por custos logísticos, variações cambiais e o impacto do chamado “tarifaço” americano, o mercado exportador manteve o ritmo de crescimento e confirmou sua relevância na balança comercial do agronegócio nacional.
Com desempenho positivo no terceiro trimestre, as exportações de frutas frescas registraram alta de 30,2% em valor e 16,3% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 323,6 milhões e 290,6 mil toneladas embarcadas. No acumulado do ano, o setor já soma US$ 909,8 milhões e 836,9 mil toneladas, consolidando a fruticultura como uma das cadeias mais dinâmicas e resilientes do agronegócio brasileiro.
Era início de 2025 e, mesmo diante de desafios, o campo seguiu produzindo. Entre o sol do Vale do São Francisco, os pomares do Nordeste e as fazendas do Sudeste, o trabalho não parou — firme, sincronizado e cheio de propósito.
Enquanto o mundo olhava com cautela, os produtores brasileiros escolheram reagir com resiliência. Cada colheita virou símbolo de persistência. Cada embarque, um sinal de que o Brasil sabe crescer mesmo diante das adversidades.
Para o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, esses resultados são fruto de um esforço coletivo que ultrapassa as porteiras:
“Mais do que produzir, o produtor brasileiro sabe negociar, se posicionar e buscar novos mercados. Esses números são o reflexo direto da força de quem trabalha junto.”
Nas feiras internacionais, o Brasil mostrou ao mundo o sabor e a sustentabilidade de sua fruticultura. Alemanha, Espanha, Hong Kong e São Paulo foram palcos de negócios, parcerias e reconhecimento.
Ao mesmo tempo, a pauta ESG ganhou protagonismo. A diretora de ESG da Abrafrutas, Priscila Nasrallah, destacou o avanço das certificações socioambientais:
“Estamos fortalecendo a imagem do Brasil como fornecedor confiável e comprometido. E em breve teremos uma novidade que vai impulsionar ainda mais essa visibilidade internacional.”
As principais frutas embarcadas no período foram:
Manga manteve a liderança absoluta, com crescimento de 3,8% em valor e 36,9% em volume, impulsionada pela forte demanda da União Europeia e do Reino Unido.
Limão teve aumento de 0,02% em valor e 7,97% em volume, consolidando sua presença nos mercados europeu e do Oriente Médio. Melão registrou alta de 29,77% em volume e 47,01% em valor, beneficiado pela oferta estável do Nordeste brasileiro.
Melancias, com avanço de 97,4% em valor e 64,9% em volume, consolidando-se entre as frutas de maior crescimento proporcional.
Bananas, com elevação de 40,8% em valor e 63,8% em volume, ampliando a presença brasileira no comércio internacional.
Fonte Abrafrutas