Médico pediatra e professor de pediatria na UPE. Estudante de Teologia, com passagens pelo Seminário Teológico Carismático da Igreja Episcopal e, atualmente, pela Associação Memorial de Ensino Superior (AMESPE).

O paciente internado em UTI está frequentemente solitário com sua dor, pensamentos e incertezas. Mesmo que sedado, o cérebro não para. Lá fora, dezenas de pessoas podem estar orando por sua recuperação. Mas, para o paciente no leito de UTI, com tubos e fios conectados a aparelhos que lhe dão suporte à vida, algo mais pode ser feito?

Um estudo recente aponta diversas intervenções que se mostraram eficazes em reduzir o tempo de permanência na UTI, melhor recuperação da consciência e melhor controle da pressão arterial média.

O estudo sintetizou os resultados de dezoito ensaios clínicos que utilizaram desde a escuta de trechos de livros sagrados e oração até métodos de psicoterapia adaptados a temas espirituais com comunicação ativa verbal e não-verbal. Treze destes ensaios tiveram grupo-controle.

A duração das intervenções variou muito, de 10 a 60 minutos por dia, assim como o tempo de uso, que variou de 3 dias a 1 mês. Essa heterogeneidade pode afetar a análise estatística, porém o modelo pode contribuir para futuros estudos.

A fé, aliada à ciência, realmente cura.