


Gasolina é vendida a mais de R$ 8,00 em cidade sertaneja
De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do litro do combustível em Petrolina é R$ 7,50.
Postado em 11/03/2022 18:41

De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do litro do combustível em Petrolina é R$ 7,50. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Nesta sexta-feira (11), o reajuste de 18,7% no preço da gasolina, anunciado pela Petrobras, começou a vigorar e o aumento já foi repassado nas bombas. No Sertão do São Francisco, em Petrolina, já tem posto vendendo o litro do combustível a mais de R$ 8,00.
No centro da cidade, a gasolina comum é encontrada por até R$ 8,20. De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do litro do combustível no município do Sertão é R$ 7,50.
A política de preços
Foram quase dois meses com os preços congelados pela Petrobras. No entanto, a estatal justificou que a defasagem em relação ao mercado internacional já estava próxima a 50%. Assim, o preço médio de venda da gasolina passou de 3,25 para R$ 3,86 por litro. Com relação ao diesel, a variação foi de R$ 3,61 para R$ 4,51.

O Preço de Paridade de Importação (PPI), que equipara os valores do mercado interno ao mercado externo, é praticado no Brasil desde outubro de 2016, quando Michel Temer assumiu a presidência do Brasil. “Devido a essa política, o país passou a ser dependente de cerca de 400 importadores de petróleo, que importam o petróleo, refinam e vendem novamente para o Brasil”, explicou o economista sertanejo, Odacy Amorim.
Alternativas
Para tentar conter a escalada de preços dos combustíveis, a Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo do Senado para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020, que altera a forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) — arrecadado pelos estados — sobre esses produtos, além de zerar, até o fim do ano, as alíquotas de PIS e Cofins, tributos federais, incidentes no diesel e gás de cozinha.
O texto final prevê a criação de ICMS único sobre os combustíveis para todos os estados e que o tributo seja cobrado na refinaria e não mais sobre o valor final dos produtos. As alterações provocam perda de arrecadação para os estados, o que tem provocado críticas de governadores.