Central: eliminado, mas digno

O Central não avançou. Empatou sem gols com o Maranhão e deu adeus à competição. Mas, justiça seja feita: o time devolveu ao torcedor caruaruense o orgulho de ocupar arquibancadas lotadas no Luiz de Lacerda. A eliminação dói, mas foi diferente de anos anteriores em que a apatia reinava. Se o Central quiser voltar a ser grande, precisa transformar essa fagulha em projeto sólido.

Santa Cruz: Rokenedy, o novo herói

O Santa Cruz é especialista em escrever capítulos dramáticos. No Piauí, sob calor sufocante e gramado de várzea, o time segurou o Altos e levou a decisão para os pênaltis. E aí nasceu o herói improvável: Rokenedy, que defendeu três cobranças e garantiu o Tricolor na próxima fase. O Arruda pode estar em ruínas, mas a mística tricolor segue intacta. Agora, o América-RN será o próximo obstáculo — e o Santa precisa mais do que emoção para sonhar alto.

Retrô: o fracasso do projeto milionário

O Retrô confirmou o rebaixamento à Série D. Para um clube que nasceu cercado de promessas e investimentos ousados, a queda expõe o abismo entre discurso e realidade. O “clube-empresa” terminou com apenas 14 pontos, pior ataque da competição e sem identidade em campo. A Fênix de Camaragibe não renasceu, e talvez esteja na hora de repensar se apenas dinheiro e marketing sustentam um time de futebol.

Sport: vergonha no Allianz

O Sport conseguiu o que parecia improvável: ressuscitar o Palmeiras dentro do Allianz. Apático, sem brio e sem organização, o Leão foi goleado sem oferecer resistência. A derrota enterrou a sequência de cinco jogos de invencibilidade e manteve o clube na lanterna da Série A, com míseros 10 pontos. Mais do que resultado, preocupa a postura: falta liderança, falta padrão, falta alma. Se continuar assim, o rebaixamento será apenas questão de tempo.

Náutico: consistente, mas precisa matar o jogo

Se há um alívio no futebol local, ele vem do Náutico. O Timbu empatou fora de casa com o São Bernardo e ampliou sua invencibilidade para 11 partidas. Porém, o problema persiste: a dificuldade em transformar volume de jogo em vitória. Hoje, o clube é o terceiro colocado com os mesmos 33 pontos da Ponte Preta, vice-líder. A fase é boa, mas em mata-mata não há espaço para vacilo. O desafio contra o Ituano precisa servir de alerta: chegou a hora de mostrar força de decisão.

No cenário nacional

No Brasileirão, o Flamengo segue soberano após golear o Vitória, enquanto o Palmeiras ocupa a vice-liderança. Já na Seleção, Ancelotti convocou jovens promissores e veteranos de peso para as Eliminatórias, mesclando renovação e experiência. O Brasil terá, mais uma vez, a chance de mostrar se a nova geração está pronta para assumir protagonismo.