Augusto Barreira Especialista em logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento Colunista do Jornal do Sertão

As cadeias de suprimentos existem desde das épocas mais antigas da História documentada da humanidade, começando com o primeiro produto ou serviço criado e vendido. Antes da primeira revolução industrial, as cadeias de abastecimento eram tipicamente locais e restritas a regiões. A medida que o uso de ferrovias aumentou, também aumentou a distância para a distribuição de mercadorias.

Com o advento da industrialização, as cadeias de suprimentos globais começaram a tomar forma, os líderes da indústria começaram a procurar melhorar os processos manuais, pesquisando o uso da mecanização e demonstrando os benefícios da análise na logística militar após a Segunda Guerra Mundial.

O GCS se tornou mais sofisticado, as empresas começaram a realizar um trabalho mais eficiente na produção e entrega de bens e serviços. Na década de 1960, a DHL se juntou ao número crescente de provedores de logística, junto com a FedEx na década de 1970. Neste tempo, o transporte de carga dependente do tempo fez a transição para caminhões, o que levou as organizações a introduzir o conceito de “distribuição física”.

Desta forma, mudanças incrementais (como a invenção dos computadores) trouxeram níveis adicionais de sofisticação aos sistemas de GCS. Em 1963 a IBM desenvolve o primeiro sistema computadorizado de previsão e gerenciamento de estoque, no entanto, por gerações, o GCS permaneceu essencialmente uma função linear isolada, gerenciada por especialistas em cadeia de suprimentos.

Em 1975 foi desenvolvido o primeiro sistema instalado de gerenciamento de armazéns em tempo real, na década de 1980, com o desenvolvimento de computadores pessoais, as cadeias de suprimentos tiveram melhor acesso aos recursos de planejamento, incluindo planilhas e interfaces baseadas em mapas. Assim, a cadeia de suprimentos deixa de ser uma entidade linear isolada e passa a integrar uma complexa rede empresarial com foco nos consumidores que esperam que seus pedidos sejam atendidos – quando eles querem, do jeito que eles querem.

As décadas de 1990 a 2000 viram a indústria da cadeia de suprimentos crescer ainda mais com a internet, a inovação tecnológica e a explosão da economia global impulsionada pela demanda tornaram-se um divisor de águas. Em 1997 a Amazon torna-se o primeiro varejista da Internet a garantir um milhão de clientes. Soluções como Planejamento de Recursos Empresariais (ERP), Resposta Rápida (QR), Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI), Sistema de Gerenciamento de Transportes (TMS), Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS), entre outros, trouxeram uma capacidade de reunir pessoas, processos e tecnologias para fornecer bens e serviços com extraordinária velocidade e precisão.

A última década, 2010 a 2020, viu um aumento exponencial na adoção de tecnologia e inovação e as cadeias de suprimentos não foram deixadas de lado. Organizações em todo o mundo têm conduzido suas estratégias para transformação digital. Embora o GCS sempre tenha sido uma parte fundamental da empresa, a cadeia de suprimentos hoje é mais vital do que nunca como um marcador para o sucesso dos negócios.

Em 2020 a pandemia se espalhou pelo mundo, paralisando as cadeias de suprimentos e enfatizando a real importância das atividades logísticas no mundo. O surto de COVID-19 estimulou investimentos em localização e mais investimentos em digitalização para mitigar o impacto da pandemia, uma vez que, precisamos nos adaptar ao atual ambiente de negócios volátil e em constante mudança.