Facebook jornal do sertão Instagram jornal do sertão Whatsapp jornal do sertao

Pernambuco, 15 de outubro de 2024

Minuto LGPD

Criptografia | Por Antonio Faria

A criptografia não é coisa recente na humanidade, já tendo sido utilizada pelos egípcios quase dois mil anos antes de Cristo

Postado em 22/06/2022 2022 19:35 , Minuto LGPD. Atualizado em 22/06/2022 19:35

Colunista

ANTONIO FARIA
ADVOGADO ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E DIREITO IMOBILIÁRIO

Como um dos 03 (três) pilares fundamentais à adequação das empresas à LGPD, o controlador de dados pessoais deve estar bastante atento à utilização da tecnologia como ferramenta necessária à segurança de dados.

A criptografia não é coisa recente na humanidade, já tendo sido utilizada pelos egípcios quase dois mil anos antes de Cristo, com o objetivo de transmitir mensagens com segurança. Em Roma, 50 anos antes do nascimento de Cristo, César já enviava mensagens criptografadas a seu Exército, bem como a criptografia foi muito utilizada nas Primeira e Segunda grandes guerras do Século XX.

E o idêntico objetivo da criptografia remanesce até os dias atuais, como forma de impedir o entendimento da mensagem por quem indevidamente a intercepte no decorrer do seu tráfego.

Isto porque há o embaralhamento do conteúdo remetido, deixando-o completamente ininteligível, cuja chave criptográfica que codifica e decodifica a mensagem fica em posse unicamente do emissor e do receptor.

Acaso algum malware (malicious software) acesse a mensagem no seu fluxo de envio, a informação estará completamente ilegível, impedindo o furto de arquivos e fraudes, já que ele não terá a chave criptográfica para decodificar a mensagem.

Existem vários tipos diferentes de criptografias, como por exemplo a mais simples e mais utilizada que é a chave simétrica, onde uma única chave é utilizada para codificar a mensagem no envio e decodificar no recebimento, sendo este tipo mais vulnerável por haver o compartilhamento de uma única chave entre o emissor e o recebedor, por isso não sendo indicada para proteção de dados pessoais.

Já a chave assimétrica é bem mais segura, por conter duas chaves distintas, sendo a chave pública utilizada para codificar a mensagem ao ser remetida e a chave privada para decodificar no seu recebimento, garantindo a identidade dos usuários.

Esta combinação dupla assegura a privacidade dos usuários e garante a confiabilidade na troca de dados, já que o número de pessoas que terão acesso à chave privada, que decodifica, é muito pequeno, restrito aos funcionários do controlador de dados, por exemplo, aumentando a segurança do compartilhamento de informações.