
Brechós: estímulos para economia circular
Segundo uma das maiores plataformas de revendas do mundo, a Thread UP, o segmento de brechós pelo mundo tem uma projeção de triplicar os faturamentos até 2025, se comparados ao mercado a partir de 2019.
Postado em 29/03/2023 2023 20:30 , Economia. Atualizado em 29/03/2023 10:59
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Na coluna anterior, por ocasião do Dia do Consumidor, escrevi sobre a importância do consumo sustentável, diante das adversidades impostas nos dias atuais, quais sejam ambientais, climáticas e econômicas.
Seguindo o mesmo raciocínio, continuo a falar sobre o consumo e suas diversas tendências no comércio e serviços em todo o mundo, principalmente, durante a pandemia da Covid-19.
O consumo circular
Os brechós representam uma alternativa a um consumo baseado na circularidade, ou seja, o reaproveitamento daquilo que poderia ser desperdiçado evitando, por exemplo, que produtos ainda com vida útil acabem em lixões, aterros sanitários ou prejudiquem o meio ambiente.
Eles também promovem a reciclagem e a redução do consumo de recursos naturais, já que não há necessidade de produzir novas roupas ou outros itens para atender à demanda.
Por tabela, contribui para a preservação do meio ambiente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e outros impactos negativos associados à produção de novos produtos.
O mercado
No Brasil, o número de brechós vem aumentando, mesmo durante a pandemia da Covid-19, quando as lojas físicas tiveram que migrar para o comércio on-line. E não somente nas capitais esse movimento tem ocorrido. Nas cidades do interior também.
No Sertão
Em Petrolina, a empreendedora Carla Bagagi deu uma virada total em sua vida, quando engravidou e decidiu deixar o trabalho em regime de CLT e empreender na pandemia ao adquirir o Bibikas Brechó Infantil.
“Reaproveitamos o que poderia ser desperdiçado. Meu conceito é estimular a cultura sustentável da região, disseminar e mostrar às mães, o quanto vale a pena, economizar muito em um período em que as peças das crianças tem vida útil curta e usar o dinheiro que gastaria para outra fase dela”, diz Carla à coluna.
Crescimento e consciência
A empreendedora sertaneja opina que existe uma maior aceitação das pessoas em comprar uma peça seminova. “Do período que adquiri o brechó até hoje, noto uma aceitação melhor, mas naturalidade em comprar uma peça já usada”, avalia.
Para as sócias Fabíola Pessoa e Verônica Bolzani, do Fabôz brechó on-line, no Recife, a venda de produtos de segunda mão é um mercado que vem crescendo.
“As pessoas estão cada vez aderindo a moda circular, algumas por questão de economia, outras por consciência ambiental”, opina.
Reprodução Net
Circulando com custo baixo
Há um outro aspecto para aqueles empreendedores de itens de segunda mão. Se por um lado, prolonga a vida útil de produtos, ajudando o meio ambiente, por outro, os custos são bem menores.
E, em tempos de crise, esse ponto pesa bastante. E as vendas beneficiam tanto para quem se desapega de uma determinada peça, como também para quem vende e para quem compra. Todos saem ganhando.
“Na questão da economia, entra o fato de se vestir bem com um custo menor, e quem desapega em brechós também tem o retorno financeiro”, opina, Fabíola Pessoa, do Fabôz, brechó online.
A importância da cadeia produtiva
O conceito de circularidade e de economia sustentável pode se aplicar bem aos brechós se houver por parte dos empreendedores a preocupação da origem das peças comercializadas.
No caso dos dois exemplos que trouxemos na coluna há essa preocupação de rastrear a cadeia de fazer a curadoria dos produtos, sua origem, de verificar o material. Isso é, sem dúvida, importante para selar a excelência do conceito de circularidade no consumo.
Então é isso.
Vamos garimpar pelos brechós e até a próxima!
Redes sociais dos Brechós citados
@fabozbrecho
@bibikas_brecho
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