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Pernambuco, 07 de setembro de 2024

Economia

Economia do Brasil deve encolher 5.2% este ano.

Como consequência da pandemia provocada pelo novo coronavírus a economia brasileira deve encolher 5,2% este ano, segundo informações do Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. Segundo o órgão, que é vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina sofrerá a pior crise social das últimas décadas, gerada pelo […]

Postado em 22/04/2020 2020 13:53 , Economia, Últimas Notícias. Atualizado em 22/04/2020 13:53

Como consequência da pandemia provocada pelo novo coronavírus a economia brasileira deve encolher 5,2% este ano, segundo informações do Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. Segundo o órgão, que é vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina sofrerá a pior crise social das últimas décadas, gerada pelo desemprego de milhões de pessoas e pobreza.

O número está próximo da previsão do impacto do coronavírus realizados na América Latina, onde a economia sofrerá contração de 5,3% em 2020, tido como o pior desempenho desde quando teve início os levantamentos no continente, em 1900. Os principais impactos econômicos sobre a região virão da queda no valor das matérias-primas, da qual dependem as exportações de muitos países, inclusive o Brasil, e da paralisação de setores de serviços como o turismo.

 De acordo com a Cepal, os países mais afetados pela crise econômica provocada pela covid-19 serão Venezuela (-18%), México (-6,5%), Argentina (-6,5%), Equador (-6,5%), Nicarágua (-5,9%) e Brasil (-5,2%). No pelotão intermediário, estão Chile (-4%), Peru (-4%), Uruguai (-4%), Cuba (-3,7%), Costa Rica (-3,6%), Haiti (-3,1%), El Salvador (-3%), Bolívia (-3%) e países do Caribe (-2,5%).

As economias menos impactadas pela pandemia serão Guatemala (-1,3%), Paraguai (-1,4%), Panamá (-2%), Colômbia (-2,6%) e Honduras (-2,8%). A República Dominicana, de acordo com as projeções, será o único país da América Latina e do Caribe a não registrar recessão, com variação de 0% no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país).
Antes da pandemia de covid-19, a Cepal estimava que a América Latina e o Caribe cresceriam 1,3% em 2020. No ano passado, o crescimento somou apenas 0,1% na região, de 626 milhões de habitantes e com altos índices de desigualdade social e pobreza.
A crise econômica afetará o mercado de trabalho e os indicadores sociais de forma significativa na região. A taxa de desemprego na América Latina e no Caribe saltará de 8,1% em 2019 para 11,5% em 2020. Isso significa que a região fechará o ano com 37,7 milhões de desempregados, alta de 11,6 milhões em relação ao ano passado.
Os indicadores de pobreza se deteriorarão em ritmo pior. A Cepal projeta que 28,7 milhões de pessoas passarão para a situação de pobreza na América Latina neste ano, com a taxa subindo de 30,3% para 34,7%. Em relação à extrema pobreza, 16 milhões de latinos americanos e caribenhos migrarão para essa categoria, com a taxa aumentando de 11% para 13,5%.
Segundo a Cepal, as remessas de emigrantes para a América Latina deverão cair de 10% a 15% em 2020, levando até oito anos para se recuperarem em relação aos níveis de 2019. Diversos países da região, como Haiti, Honduras e El Salvador, dependem do dinheiro de emigrantes que vivem em países avançados e enviam recursos para a família no país de origem.

Fonte Ag. Brasil