Os sonhos têm significados

Para Freud, pai da Psicanálise, cada sonho tem um significado, não importa o quão absurdo pareça ou o pouco que sejamos capazes de lembrar dele, por isso, ele teve o cuidado de distanciar-se em seu método de interpretação dos sonhos dos métodos populares que existia no seu tempo.

A ciência da época de Freud, considerava que os sonhos não tinham sentido, e atualmente alguns cientistas ainda mantêm a teoria de que os sonhos são apenas subprodutos aleatórios do funcionamento do cérebro durante o sono REM. É também a teoria que às vezes invocamos para nos tranquilizar quando um sonho nos sobrecarrega com seu significado: ‘Foi apenas um sonho!’

Não há um “dicionário de sonhos”

Uma abordagem popular aos sonhos é interpretá-los com a ajuda de um dicionário fixo de símbolos: ‘Se você sonha com X, significa Y’. Uma casa representa sua mente, voar representa ambição, e assim por diante.

Todos os elementos dos sonhos são «simbólicos», mas têm significados privados que só podem ser descobertos por meio das associações do sonhador.

Como psicanalista acrescentaria, que, além disso, os sonhos são analisados e interpretados nas sessões, fazendo parte do processo psicanalítico entre analisando e analista.

O método de Freud para interpretar sonhos era muito simples.

Em vez de dizer aos seus pacientes o que ele pensava que os sonhos significavam, ele os convidava a dizer o que lhes veio à mente em relação a cada elemento do sonho, seguindo seus próprios fios de pensamento, também os encorajou a relaxar suas faculdades críticas e a abster-se de conter pensamentos que pudessem ser desagradáveis, triviais ou ridículos.

Com isso, chamou este método de associação livre.

O método da associação livre levou Freud à conclusão de que os sonhos são a realização disfarçada de desejos infantis reprimidos.

Em suma, os sonhos são janelas para o inconsciente, e seu verdadeiro significado é desvendado através da exploração pessoal e da análise cuidadosa no contexto terapêutico. A compreensão dos sonhos oferece insights valiosos sobre os desejos, conflitos e questões mais profundas que moldam nossa psique, contribuindo para um processo de cura emocional e autoconhecimento mais profundo.

Por Daniel Lima, Psicanalista Membro GBPSF/ISFN, Filósofo e Teólogo.Pós-graduado em Filosofia e Autoconhecimento; Pós-graduado em Psicanálise e Teoria Analítica.

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