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Pernambuco, 13 de setembro de 2024

Economia

PIB fica acima do esperado no segundo trimestre 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã de terça-feira (3) que o Produto Interno Bruto (PIB) do país, que reflete toda a riqueza produzida, aumentou 1,4% no segundo trimestre deste ano em comparação com o primeiro trimestre.

Postado em 04/09/2024 2024 10:36 , Economia. Atualizado em 04/09/2024 11:17

Divulgação

 

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,3% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. O setor industrial se destacou entre abril e junho, registrando um aumento de 1,8% em relação ao primeiro trimestre do ano. Já o setor de serviços apresentou um crescimento de 1% no mesmo período.

Por outro lado, a agropecuária teve um desempenho negativo, com uma queda de 2,3% em comparação ao primeiro trimestre de 2024 e de 2,9% em relação ao segundo trimestre do ano anterior. Com esses resultados, o PIB do Brasil no acumulado do ano alcançou R$ 2,9 trilhões, sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos impostos sobre produtos. A taxa de investimento, um indicador importante para medir o desempenho da economia, foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023.

O crescimento da indústria foi puxado principalmente pelos setores de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que registraram uma alta de 4,2%. O setor da construção também teve um bom desempenho, com crescimento de 3,5%, seguido pelas indústrias de transformação, que aumentaram 1,8%. Em contrapartida, as indústrias extrativas sofreram uma retração de 4,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro.

No setor de serviços, as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados lideraram o crescimento, com uma alta de 2%. Informática e comunicação cresceram 1,7%, enquanto o comércio teve um aumento de 1,4%. Transporte, armazenagem e correios avançaram 1,3%, administração pública, defesa, saúde, educação e seguridade social subiram 1%, atividades imobiliárias cresceram 0,9% e demais atividades do comércio registraram um crescimento de 0,8%.

Esses dados destacam a resiliência do setor industrial e a importância contínua dos serviços para a economia brasileira, enquanto a agropecuária enfrenta desafios que impactam seu desempenho.

No setor externo, o IBGE apurou que as exportações de bens e serviços subiram 1,4% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, ao passo que as importações de bens e serviços cresceram 7,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

A comparação com o segundo trimestre de 2024 com o segundo trimestre de 2023 apontou que as iniciativas da Nova Indústria Brasil estão dando o resultado esperado pelo governo. A alta foi de 3,9%, com destaque para os setores eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos, que cresceu nesse período 8,5%. Esse resultado foi decorrente do aumento do consumo de energia em todas as classes, principalmente a residencial.

A indústria da construção cresceu 4,4% por causa do aumento do consumo de insumos típicos – areia, cimento e ferro. As indústrias de transformação, por sua vez, estão recuperando a força e tiveram a segunda alta consecutiva, de 3,6%, após terem recuado em todos os trimestres de 2023. Esse resultado positivo foi atribuído às altas verificadas na indústria alimentícia; equipamentos de transporte, em máquinas e aparelhos elétricos e na indústria moveleira. As indústrias extrativas, na comparação do segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2023, cresceram 1%, com destaque para o aumento da extração de petróleo e gás.

No setor de serviços, entre o segundo trimestre deste ano com o segundo de 2023, o avanço foi de 3,5%, com resultados positivos em todos os setores: informação e comunicação, com alta de 6,1%; outras atividades de serviços, 4,5%; atividades financeiras, seguros e serviços de relacionamento, 4%; comércio, 4%; atividades imobiliárias, 3,7%; administração, defesa, saúde, educação públicas e seguridade social, 1,9 e transporte, armazenagem e correio, 0,7%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que é um antecedente para resultados futuros do PIB, cresceu 5,7% no segundo trimestre deste ano, e a alta é justificada pelo crescimento da produção doméstica e importação de bens de capital (máquinas e equipamentos para as linhas de produção), incluindo, também, os bons desempenhos verificados seja na construção, seja no desenvolvimento de sistemas de informática.