Garantindo  colheitas regulares e produtividade que tornam a região referência nacional no setor.

Segundo o IBGE, Santa Maria da Boa Vista se destaca no Sertão  pernambucano, liderando a produção irrigada de bananas.

O Município do Sertão de Pernambuco colhe 210 mil toneladas e movimenta R$ 378 milhões em 2024.

“Na realidade, a cultura da banana no Submédio São Francisco, em especial em Santa Maria da Boa Vista, vem incorporando o acesso ao que há de mais moderno em tecnologia, a partir das práticas já aplicadas nas culturas da uva e da manga. Essas duas cadeias, ao longo das últimas décadas, absorveram o que existe de mais avançado no mundo. A tendência é que a fruticultura do Vale, de modo geral, seja reconhecida como uma das mais competitivas em todo o mundo tropical. ”Geraldo Eugênio, agrônomo e colunista do Jornal do Sertão

O JS conversou com o produtor de banana Alessandro Gomes Graciliano, que explicou como funciona a cadeia da fruta em Santa Maria da Boa Vista.

A comercialização da banana na região é feita em contentores de 18 quilos. Diferente de outras áreas do país, aqui a venda não é no quilo, mas em “centos”, ou seja, por unidade. “O atravessador compra assim, leva para fora e revende no peso. Ainda não temos  “Pack House” para padronizar e melhorar esse processo”, afirmou.

Segundo ele, os principais destinos são Belém (PA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Juazeiro (BA), cidade vizinha de Santa Maria da Boa Vista. “De Juazeiro, a fruta é distribuída para todo o Brasil”, destacou.

Toda a produção é irrigada com água do Rio São Francisco. “Cerca de 70% vem do Projeto Fulgêncio, criado para assentar famílias atingidas pela barragem de Itaparica. É hoje o nosso maior polo produtor”, contou.

A variedade predominante é a Pacovan, conhecida como uma “prata melhorada”. “Ela é resistente, mas sofre muito com os ventos no fim do ano. Quando venta forte, perdemos bastante. Hoje, cerca de 80% da produção é da Pacovan, e o restante é Prata Rio”, explicou.

Para o produtor, a agricultura familiar é um diferencial do município. “Aqui não há grandes fazendas, mas muitas pequenas propriedades. Isso é positivo, mas a comercialização ainda está muito nas mãos dos atravessadores, que acabam lucrando mais do que o agricultor”, avaliou.

Duplicação da BR-232

“Iria acelerar tudo e não seria importante apenas para a gente. No caso da banana, o impacto não é tão grande, porque a produção ainda é limitada. Muitas vezes, os compradores do Recife só vêm buscar aqui quando regiões como São Vicente Férrer não estão produzindo. Mas, para outras frutas, a obra teria um efeito decisivo. A melhoria da rodovia facilitaria o escoamento não só da banana, mas também da manga e da uva, fortalecendo principalmente as exportações pelo Porto de Suape e pelo Porto do Pecém.” Alessandro Gomes Graciliano

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