Turismologa Silvia Graciliano

Você já deve ter percebido em suas redes sociais que os anúncios de pacotes turísticos estão mais frequentes. As viagens,  sem dúvida, estão de volta. Aeroportos lotados,  estamos todos planejando,  e precisando, de férias. A mobilidade turística está normalizada. O mundo torna-se pequeno para nosso desejo de desbravar e conhecer.  

Recentemente, lendo uma matéria da ONU sobre o retorno da atividade turística, ficava muito clara a mensagem de responsabilidade que precisamos ter para lidar com os resultados desses intercâmbios socioculturais. Lembra do fenômeno chamado Globalização? Pois é, precisamos falar novamente sobre isso. Me perdoe por resgatar aqui alguns clichês, mas é preciso. 

Aldeia global. As distâncias encurtaram. O fim do termo saudade, como disse o eternamente genial, Belchior. Vivemos a dor e a delícia desse mundo globalizado.

Os aviões trazem, e levam, mais que nossos souvenirs. Um pouco do ar, do cheiro, da comida dos lugares visitados, nossas fotografias. E nossos corpos trazem mais do que nossas lembranças: vírus, bactérias…

O turismo pagou caro pelos sorrisos que causou, pelas sensações de espanto, de alegria, de deslumbramento, de choque cultural, de aprendizado… O homem, nômade na sua essência, ficou preso no seu ninho e cresceu o seu autoconhecimento Entendemos que é necessário relativizar. RESPEITO ÀS CULTURAS, as diferenças. Nos tornamos, graças ao conhecimento do mundo, cidadãos melhores. 

Seja, agora, mais do que nunca, um cidadão do mundo, pelo mundo. Estamos aprendendo a amar mais responsavelmente o nosso planeta. Estamos entendendo que o dinheiro não é tudo.

O cuidado com os nossos amados, a empatia, a solidariedade: TUDO! 

Talvez, o mundo também esteja doente. E o remédio seja puramente HUMANIDADE.

As maravilhas do mundo continuarão por aí. O nosso belíssimo nordeste; NOSSA eterna floresta amazônica; O charme secular do elegante continente Europeu; O fascínio capitalista que os EUA despertam. O surreal Sudeste Asiático. A respeitosa Ásia. 

Voltamos a circular. Voltamos a nos encantar. A encurtar o mundo e as distâncias: físicas e emocionais. 

O novo turista é mais do que um turista, é  um novo tipo de habitante: O CIDADÃO GLOBALMENTE RESPONSÁVEL.