Produtores de frutas do Vale do São Francisco contabilizam prejuízos após chuvas intensas
Os agricultores de uva e manga do Vale do São Francisco já registram perdas superiores a R$ 100 milhões devido às intensas chuvas que caem na região desde dezembro do ano passado.
Postado em 26/02/2024 2024 12:20 , Economia. Atualizado em 26/02/2024 12:28
Na cidade de Petrolina, um dos maiores produtores agrícolas do Vale, houve um aumento significativo nas chuvas nos meses de janeiro e fevereiro, ultrapassando as médias de precipitação da região com um total de 322,2 milímetros, conforme relatado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Esta marca é a mais alta registrada desde 2004. Em algumas áreas, como no projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, os agricultores chegaram a medir até 500 milímetros de chuva no mesmo período.
Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, o excesso de chuva nos pomares, que recebem água controlada através de sistemas de irrigação, já provocou a perda de aproximadamente 40 mil toneladas de frutas em fase de colheita.
“O problema é mais grave nos parreirais de uvas com o apodrecimento das frutas e o aumento de doenças a exemplo do míldio e outros fungos para as uvas e antracnose para mangas, além das perdas pelo excesso de abortamento e comprometimento da floração”, ressaltou.
O presidente acrescentou ainda que, os produtores de manga também reclamam que as chuvas alteram a fitossanidade da fruta comprometendo o desenvolvimento vegetativo e a floração, diminuindo significativamente os índices de produtividade dos pomares.
“Caso se confirme precipitações com a mesma intensidade, as chuvas podem comprometer significativamente a safra 2024.1, com enormes prejuízos atuais e para a safra do segundo semestre”, concluiu. O SPR criou um grupo técnico para acompanhamento das chuvas e vem monitorando os tratos culturais nos pomares, visando minimizar as perdas.