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Pernambuco, 29 de abril de 2025

Economia

Consumo das Famílias pernambucanas cai 3% no mês de março

Segundo a Fecomércio-PE, a intenção de compra de bens duráveis sofreu uma queda de 9% movida pela taxa de desemprego 

Postado em 21/03/2024 2024 21:20 , Economia. Atualizado em 22/03/2024 11:23

O Índice de Consumo das Famílias (ICF) de Pernambuco registrou uma queda de 3% em março de 2024, influenciado pela situação atual do emprego, que apresentou uma redução de 2%. Isso sugere uma possível desaceleração no mercado de trabalho. Essa tendência sazonal ocorre tradicionalmente no primeiro trimestre do ano, quando ocorre o término dos empregos temporários obtidos durante as festas de final de ano. O levantamento mensal realizado pela CNC também indicou quedas nas avaliações de emprego, renda, acesso ao crédito, consumo, expectativas de consumo e disposição para adquirir bens duráveis no estado, conforme demonstrado no estudo especial elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE).

Reprodução

A renda e o acesso ao crédito diminuíram em 2,4%, levando a uma redução no consumo e na confiança dos consumidores. O endividamento também caiu, refletindo expectativas mais conservadoras em relação aos gastos futuros.

Por fim, o índice geral do momento para aquisição de bens duráveis, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, apresentou queda de 9%, sugerindo uma postergação nas decisões de compra desses itens por parte dos consumidores.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda do ICF em março é reflexo da menor oferta de crédito e da desaceleração do mercado de trabalho. “Essas duas condições vêm enfraquecendo o consumo nos últimos meses. No entanto, a intenção de compra permanece melhor do que em anos anteriores e em nível satisfatório”, destaca Tadros.

“A queda nos índices de consumo das famílias reflete um momento de cautela por parte dos consumidores. Isso significa que as famílias estão se mostrando mais prudentes em seus gastos e estão adiando decisões de compra importantes, como aquisição de bens duráveis, especialmente em um período quando é comum a redução de empregos temporários”, afirma o economista da Fecomércio PE, Rafael Lima.