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Pernambuco, 16 de janeiro de 2025

Economia

Fábrica em Pernambuco fornecerá remédio para hemofilia ao SUS

Nova unidade da Hemobrás será inaugurada nesta quinta (4) em Goiana

Postado em 03/04/2024 2024 23:13 , Economia. Atualizado em 03/04/2024 23:13

Reprodução Net

A nova fábrica da Hemobrás em Goiana (PE) será responsável por fabricar um medicamento para tratar a hemofilia tipo A, uma doença que afeta aproximadamente 12 milhões de pessoas no Brasil. Com uma capacidade de produção de 1,2 bilhão de unidades do medicamento fator VIII recombinante (Hemo-8r) por ano, a fábrica será inaugurada na quinta-feira (4) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Complexo Industrial da Hemobrás. De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a expectativa é que o medicamento da Hemobrás esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de setembro.

“A produção terá um impacto enorme na vida das pessoas com hemofilia, que sofrem muito em função de traumatismos, hemorragias e que agora vão ter a garantia de uma autonomia dessa produção a partir desse trabalho da Hemobrás”, explicou a ministra em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (3).

O Hemo-8r é fundamental para o tratamento da hemofilia A, com a ampliação da profilaxia, que é a maneira mais eficaz para prevenir os sangramentos espontâneos e sequelas nas pessoas portadoras da coagulopatia.

Antes do início da oferta da produção nacional do medicamento, haverá um processo de qualificação, que prevê várias fases. “A produção nacional  não será disponibilizada para o SUS imediatamente, pois ainda deverá cumprir várias etapas de qualificação, até que a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] nos dê a certificação e a gente possa colocar de fato no mercado a produção nacional”, explicou a diretora-presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes.

Economia

O Hemo-8r já é fornecido para o SUS pela Hemobrás por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). A expectativa é que, com a produção totalmente nacional, haja redução de 30% no preço do remédio, e consequentemente o aumento da oferta do medicamento no país.

“Do ponto de vista econômico, a nova fábrica representa uma autonomia frente a medicamentos essenciais, o domínio de uma tecnologia, a  capacidade de expansão até para novas tecnologias, além da redução de custos. Quem detém essa tecnologia tem uma vantagem muito grande do ponto de vista não só de mercado mas de uma competência científica que vai poder também alimentar outros produtos”, disse a ministra Nísia Trindade.

Fonte Agência Brasil