MEC busca formas de aplicar inteligência artificial para inovar políticas públicas na educação
Para lidar com a demanda de atualização dos métodos usados atualmente, foi criado o Gestão Presente, um hub educacional (plataforma de armazenamento e organização de dados).
Postado em 21/10/2024 2024 10:50 , Educação. Atualizado em 21/10/2024 11:01
O Ministério da Educação (MEC) está buscando maneiras de integrar a inteligência artificial (IA) às políticas públicas de educação no Brasil. Durante o seminário “Educação, Governança de Dados e Inteligência Artificial”, realizado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Instituto Federal de Brasília (IFB), pesquisadores e gestores discutiram como a tecnologia pode transformar a governança de dados no setor educacional. A iniciativa visa melhorar a análise de informações, como a frequência escolar, para promover ações que assegurem o direito à educação e a permanência dos estudantes nas instituições de ensino. A diretora de Apoio à Gestão Educacional, Anita Gea Martinez Stefani, destacou a importância de modernizar o tratamento de dados, como o histórico escolar de alunos que frequentaram mais de uma escola, para garantir uma gestão mais eficiente.
“Quando falamos sobre interação e interoperabilidade de dados e conexão das informações, estamos falando sobre fornecer direitos, serviços públicos que já poderiam estar disponíveis, mas que tecnicamente a gente ainda não se organizou para disponibilizar para os cidadãos”, ressalta a diretora.
Para lidar com a demanda de atualização dos métodos usados atualmente, foi criado o Gestão Presente, um hub educacional (plataforma de armazenamento e organização de dados). O sistema foi desenvolvido em parceria do MEC e com o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES/UFAL), para ser um Hub de Dados da Educação Básica, que armazena informações de estudantes e auxilia nos processos de gestão escolar, como diário de classe, matrícula, entre outros.
O representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Vilmar Klemann, também elenca alguns dos desafios enfrentados, como dados incorretos ou incompletos, a leitura e análise de dados e falta de profissionais qualificados.
“Geralmente profissionais qualificados não ficam nas redes municipais e infelizmente resulta em uma rotatividade muito alta”, lamenta Klemann.
As discussões apontaram como a tecnologia pode ser aplicada não só como recurso educacional, mas como ferramenta de otimização, auxiliando a escola a ser mais eficiente na gestão da educação.
Para ver os debates, acesse o canal do MEC no youtube ou a página do evento.