O desafio da oposição no Recife
Na disputa de 2004, João Paulo tentou a reeleição sob forte dúvida quanto a sua competitividade, as pesquisas o colocavam em terceiro lugar, perdendo para Cadoca e Joaquim Francisco, mas ele acabou recuperando-se e venceu a disputa com a maior votação da história para um prefeito eleito em primeiro turno na cidade com 56% dos votos válidos.
Postado em 18/08/2024 2024 07:15 , Política. Atualizado em 17/08/2024 16:15
A campanha eleitoral começou ontem com os atos de rua por parte dos candidatos a prefeito do Recife. Desde o advento da reeleição para a disputa municipal a partir de 2000, nunca um prefeito iniciou a disputa com tamanho favoritismo como João Campos possui na tentativa de reeleição deste ano. Na eleição de 2000, Roberto Magalhães era favorito na busca pelo segundo mandato, porém não havia um sentimento de arrasa-quarteirão, prova disso foi que a disputa foi ao segundo turno pela primeira vez na história da cidade, e João Paulo acabou eleito por uma margem ínfima de votos.
Na disputa de 2004, João Paulo tentou a reeleição sob forte dúvida quanto a sua competitividade, as pesquisas o colocavam em terceiro lugar, perdendo para Cadoca e Joaquim Francisco, mas ele acabou recuperando-se e venceu a disputa com a maior votação da história para um prefeito eleito em primeiro turno na cidade com 56% dos votos válidos.
Em 2016, Geraldo Júlio tentava a reeleição, e apesar de seu favoritismo, teve que enfrentar João Paulo no segundo turno, sagrando-se vitorioso com a maior votação de um prefeito reeleito em primeiro ou segundo turno com 58% dos votos válidos. Diferentemente de Geraldo, João Paulo e Roberto Magalhães, prefeitos que tentaram a reeleição, João Campos chega com um favoritismo absoluto em relação aos seus concorrentes, jogando a responsabilidade para o seus adversários.
Ele tem como principais oponentes o ex-ministro Gilson Machado (PL) e o ex-deputado federal Daniel Coelho (PSD), que disputaram as eleições de 2022 e acabaram derrotados para o Senado e para a Câmara dos Deputados, respectivamente. Com uma vantagem nas pesquisas, na aprovação, no guia eleitoral e no número de candidatos proporcionais, João Campos chegou na eleição com amplo favoritismo para não só vencer a disputa no próximo dia 6, como ser o prefeito mais votado da história do Recife. Caberá aos seus adversários desgastá-lo e tentar mostrar que o Recife não é a cidade que os aliados de João Campos querem mostrar, mas indiscutivelmente será tarefa hercúlea para Gilson e Daniel, que terão que apresentar críticas e mais do que isso, soluções para os problemas da cidade.
Proposta – No primeiro dia de campanha, nesta sexta-feira (16), Clarissa Tércio (PP), candidata à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, visitou bairros e comunidades da cidade, defendendo políticas públicas voltadas para as mulheres, com destaque para a revitalização de creches e ampliação das oportunidades de emprego. Clarissa ressaltou a urgência dessas ações para atender às necessidades das mais de 344.100 mulheres de Jaboatão, a segunda maior população feminina de Pernambuco, conforme o censo do IBGE de 2022.
Milionários – Com o fim do prazo para registro de candidaturas na última quinta-feira (15), um levantamento revelou os candidatos a prefeito mais ricos da Paraíba. Entre os nomes com patrimônios milionários declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacam-se Léa Toscano (União Brasil) de Guarabira, com R$ 15,35 milhões, e Domiciano Cabral (MDB) de Bayeux, com R$ 10,14 milhões. A lista inclui ainda Dr. Gilbertão (União Brasil) de Sousa, Dona Aline (MDB) de Belém, e Arthur Bolinha (Novo) de Campina Grande, com patrimônios variando entre R$ 7 milhões e R$ 9 milhões, conforme os dados disponíveis no site do TSE.
Reajustes – Nesta sexta-feira (16), o Governo de Pernambuco enviou à Assembleia Legislativa (Alepe) um Projeto de Lei que propõe reajustes salariais para servidores de seis segmentos, incluindo a Apac, CPRH, UPE (exceto professores), Detran, ATI, peritos criminais e médicos legistas. A proposta assegura que nenhuma categoria receberá abaixo da inflação e estipula que os aumentos não ultrapassem 20%. Além disso, a gestão estadual extinguirá vencimentos-base inferiores ao salário mínimo, garantindo a valorização do funcionalismo público.
Hemope – O Governo de Pernambuco também enviou à Alepe um Projeto de Lei que institui um novo Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) para os servidores do Hemope, atendendo a uma demanda antiga da categoria. O novo PCCV permitirá a implementação de avaliações por desempenho, possibilitando maior mobilidade na carreira, além de melhorias na remuneração e na qualificação dos servidores, o que deverá refletir na qualidade dos serviços prestados à população.
Inocente quer saber – A oposição conseguirá evitar uma vitória consagradora de João Campos no Recife?
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